Votar é preciso
As eleições 2006 se aproximam aceleradamente. São tantos os candidatos e candidatas que ainda não tivemos tempo para escolher, pelo menos com a clareza que o fato requer. De soslaio podemos até arriscar, mas não podemos jogar a isca irresponsavelmente. A tentação da indiferença está no rosto de muitos brasileiros e brasileiras. São tantos os casos de corrupção envolvendo políticos que chega a feder a enxofre. Por isso gostaria de comentar algumas questões colocadas em pauta pelos nossos bispos na cartilha oficial da CNBB:
1. Não votar em candidato(a) corrupto: acredito que neste acaso é preciso ter muito tempo de discernimento até o dia 01 de outubro. A onda de corrupção envolvendo parlamentares é imensa, um verdadeiro tsuname. A Policia Federal realizou até hoje 195 operações prendendo pessoas em todo o Brasil. Contudo os corruptos ou supostos corruptores continuam por ai, à solta. E nós ficamos do lado de cá esperando a justiça funcionar. A lista é grande e não podemos esquece-la na hora do confirma. Quem vota em corrupto é bandido também! Contudo é tão serio o sistema de ladroagem que nossa tendência é a de não acreditar mais em ninguém. Mas temos que resistir. A tese de que todo político é corrupto é falsa! A tese de que todo político mete a mão em propinas também é falsa. Temos muitos políticos que honram nossa democracia.
2. Ficar de olho nas campanhas: alguns candidatos surgem de todos os lados fazendo campanha, apertando nossas mãos, denegrindo mais ainda a situação dos interioranos, fazendo promessas descabidas e fora do alcance dos mesmos, mentindo como sempre de forma descarada, as acusações de má administração são recíprocas e vergonhosas. Existem candidatos e candidatas sérios. Por isso é importante conhecer os canais de acompanhamento dos mesmos quando eleitos. Assim como eles chegam até nós tão facilmente poderíamos também ter acesso fácil a eles como eleitores, cidadãos e cidadãs. As campanhas são vergonhosas, sujas, injustas e medíocres. É preciso ter muito humor para assistir as bobagens da tv e rádio sobre falsas promessas da maioria dos candidatos.
3. Conhecer a vida publica dos candidatos: talvez seja esta a mais difícil tarefa que temos. O passado político de alguns candidatos é esquecido neste momento. Os faltosos, os que enriqueceram com propinas, aqueles que nunca fizeram projetos importantes para o bem comum da população, os que mudam de partido segundo os interesses pessoais, os que deixam o mandato por cargos políticos e só retornam para serem re-eleitos, os que são denunciados por envolvimento em escândalos morais e éticos. Enfim, os maus políticos que apenas querem ganhar dinheiro com um mandato popular, têm passado sujo e não merecem nosso voto.
Sou favorável ao voto, embora gostaria que fosse livre, mas o Brasil ainda não amadureceu para isto. Chegará o dia em que iremos às urnas livremente; movidos pelo espírito da real democracia. Enquanto este dia não chega precisamos batalhar pela consciência do voto ético, o voto sem compra e venda. CONFIRMA.