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Tempos de marchas

Tempos de marchas

A sociedade brasileira assiste e, também participa, de marchas movidas pelos mais profundos interesses. São tempos novos, nos quais o ser brasileiro, desde o contexto glocal, se debate em movimentos de reivindicações sociais pela liberdade. A questão de fundo é a pergunta feita um dia a Jesus Cristo por Pilatos: O que é a verdade? Qual é a verdade de todas essas reviravoltas que clamam por liberdades?

O momento, de fato, é de mudança epocal. Assim como a Revolução Francesa e a industrial, somente para citar ambas, marcaram uma reviravolta no modo de ser e de interagir das sociedades da época, também hoje vivemos mudanças de profundidade. O século XIX foi marcado por liberdades: liberdade educativa, liberdade política, liberdade estatal, liberdade intelectual, liberdade eclesial; enfim, liberdades que mexeram com estruturas que pareciam imutáveis. Foi um assombro e não parou!
Hoje assistimos a novas liberdades que clamam por espaços de influência e Direitos Sociais nas sociedades Democráticas de Direito, como no Brasil. Passamos da ditadura, do mutismo e a da timidez política para lutas agrárias, lutas ideológicas, lutas tecnológicas, lutas éticas, lutas bioéticas, lutas religiosas, lutas de sexos e de gêneros. É uma sociedade que se debate entre o hoje e o amanhã e geme como em dores de parto.

Impressiona as marchas que reivindicam direitos e liberdades: a marcha das vadias, a marcha da maconha, a marcha das liberdades, a marcha para Jesus. É uma sociedade que marcha. De uma certa forma nos dá a impressão de mobilidade e, isto é muito bom. Entretanto, parece que estamos perdendo o sentido do limite, da sensatez e da ética. Se tudo é permitido e de direito, então, o que sobra de moral, costume, ética e valores? É um avanço assustador para o relativismo e um tipo de “liberdade autodestruidora e egoísta”(Bento XVI), porque não requer e permite sequer censura ou limite, mas a livre expressão sem se perguntar pelos princípios estruturais que as move.

No atual contexto de mobilidade humana o ser humano não se define mais no coletivo, mas no egocentrismo. Meus direitos são meus e não se somam aos seus. Caso queira compactuar comigo faça-se à minha medida. Qualquer voz que desafine nesta filarmônica pode pagar caro, inclusive com a reclusão, porque já não se pode dizer o que se pensa a partir de valores religiosos ou éticos, mas de pactos pseudodemocráticos nos quais tudo pode.

As marchas continuam para liberar de qualquer punição os que poluíram e desmataram com o aval do novo código florestal, liberar a maconha, liberar as vadias, liberar a condição sexual, inclusive constituindo novas concepções de família. Então, muda o conceito e o valor da família; mergulhamos nas expressões dos onze sexos, sem compreendê-los em profundidade, em detrimento ou quase na relativização do gênero (Deus os criou homem e mulher). Evidentemente que a homofobia não pode ser defendida, justamente porque gera violência, agressões físicas e mortes. Contudo, ninguém pode ficar refém do próprio pensamento, a custa de gerar uma sociedade ainda mais hipócrita e covarde.

Um dia Jesus de Nazaré, homem da liberdade, (Mt 5,1-12) convocou seus discípulos a se colocarem em marcha, com a expressão, BEM AVENTURADO. Ele dizia que seriam bem aventurados aqueles que se colocassem em marcha na confiança em Deus, os pobres, os mansos, os aflitos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os de puro coração, os promotores da paz, os perseguidos por causa da justiça, os injuriados e perseguidos, e concluía com uma luz no fim do túnel: “vocês são o sal da terra e a luz do mundo” (Mt 5,13). Em tempos de profundas mudanças a marcha que Jesus nos convoca a fazer não nos leva para um tipo de liberdade autodestruidora e egoísta, mas geradora de novos céus e novas terras. Então, o que é a verdade? A verdade, certamente, é aquela que nos liberta de todo egoísmo, de toda libertinagem, de toda miséria, de toda dor, de toda fome, de toda hipoteca social com o próximo.

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