Sinodo dos Bispos para África

Dom Damasceno faz intervenção no Sínodo dos Bispos para Igreja na África

O arcebispo de Aparecida (SP) e presidente do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), dom Raymundo Damasceno Assis, está no Vaticano participando da 2ª Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a África, que acontece entre os dias 4 e 25 de outubro.

Em intervenção no Sínodo, dom Damasceno compartilhou a caminhada da Igreja na América Latina e manifestou sua alegria em participar do encontro. Ele destacou o papel fundamental do Sínodo para a Igreja. “Aqui estamos não só para manifestar nossa fraternidade com a Igreja na África, mas também para aprender, pois temos a certeza de que as conclusões desta segunda Assembleia especial ajudarão também a Igreja na América Latina na missão de reconciliação e na busca de justiça e paz”.

O arcebispo de Aparecida também falou sobre as diferenças e semelhanças entre as igrejas da África e da América Latina. “É importante saber que temos na América Latina uma população de origem africana mais numerosa do que a população de nossos próprios povos originários, os indígenas”, disse. “Também nos une, na cruz, o fato de que em ambos os continentes temos um alto índice de nossa população vivendo em situação de pobreza, e necessitada de bens e serviços para a sobrevivência básica: alimentação, habitação, educação e saúde. A Igreja na América Latina não passou por rupturas tão grandes e dramáticas como a Igreja da África negra. Por isso, na América Latina houve uma experiência mais contínua da Igreja […]”, completou.

Sobre a experiência da Igreja na América Latina, dom Damasceno mencionou os 54 anos de vida do organismo episcopal do Celam e de seu trabalho desenvolvido nos países deste continente. É um “instrumento de comunhão episcopal e de serviços mútuos dentro do nosso episcopado. Poder-se-ia, com o incentivo da Santa Sé, ser convidados bispos da Igreja católica presentes em ambos os continentes, para a troca de experiência colegial, pastoral e organizacional […]”.