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Rumo à sensibilidade Missionária

Manaus/AM – Nos dias 28-29 de Fevereiro e 1-2 de Março, o Pe. Justino Sarmento Resende ocupou as manhãs dos Pré-Noviços com reflexões sobre alguns aspectos de sua vida missionária no Rio Negro e sobre alguns desafios do processo formativo para uma jovem indígena que quer ser salesiano.

Na sua apresentação P. Justino ressaltou que esta ideia de contribuir com a casa de formação do CESAF, que acolhe Pré e Pós-Novicos se justifica fato de, em 2001 e 2012, a maioria dos formandos serem de origem indígena, vindas de etnias da Região do Alto Rio Negro. Outro motivo: o fato dele participar de vários seminários, simpósios, mesas redondas em faculdades e outros espaços viu a necessidade de também partilhar tais reflexões entre os jovens do processo formativo. Esta sua proposta foi apresentada ao Inspetor e acolhida pelo mesmo. 

Suas reflexões se estenderam por três assuntos básicos e salientados com propriedade: 

No primeiro dia, falou sobre o tema do “ensinando a viver a vida” e nossa identidade/diferença. No tocante ao “ensinando a viver a vida”, salientou que ensinar a viver a vida é trabalho de gestação de uma pessoa. Nossa mãe é a primeira geradora da vida. A partir do ventre, passando por diversas etapas, o cuidado pela vida deve prosseguir até o declínio natural. Esse processo de ensinar a viver a vida é dinâmico e delicado; por isso existem educadores qualificados para crescerem juntos com a pessoa do educando desde o começo da sua vida. Com veemência P. Justino na sua última fala deste dia disse que: “a sabedoria de saber lidar com a vida em muitas culturas se adquire no cotidiano”.

No segundo dia, Pe. Justino partilhou algumas idéias sobre a construção da identidade cristã, numa cultura indígena. Os passos, a influência do contexto familiar, as influências sobre o povo e as comunidades de ideologias trazidas pelos jovens indígenas universitários, muitas delas de caráter atéias ou anti-comunitárias. O caminho é o diálogo sincero e corajoso com tais jovens indígena que se tornam novas lideranças. 

Como indígenas, os jovens Pré-Noviços têm que assumir a sua identidade de origem e conhecer as suas raízes culturais, para se tornarem cada vez mais livres, abertos e amadurecerem para os confrontos com a realidade de outras culturas em que se inserem.

Após os questionamentos e partilhas por parte dos participantes, Pe. Justinho participou do almoço. 

Pela manhã do dia 1º de março, P. Justinho presidiu a missa com os membros do Pré-Noviciado. Se fez presente também nesta celebração o P. Daniel que sentiu um zunido nos ouvidos quando escutou os cantos em tucano , que os formandos vindos do Rio Negro cantaram , tirando de letra; Pe. Bené, Miguel e Francisco só ouviram.
Após o café, o tema que encerrou, com chave de ouro, estes três dias de formação com P. Justinho foi “Desafios da vida religiosa jovem”. “ Sonhar com o caminho vocacional é um sonho muito bonito”, essa foi a frase inicial do dia.

Muitos jovens indígenas se sentem impotentes perante as dificuldades e exigências do processo formativo a ponto de até pensar em desistir. Uma das maiores dificuldades é a dificuldade de poder expressar os seus sentimentos, gastando muitas energias protegendo seus medos, inseguranças, “teatralizando” guardando para si seus problemas afetivo-sexuais. Um dos meios para superar essas dificuldades é aceitar que outros irmãos salesianos ajudem a superar as dificuldades bem como utilizar os meios que a casa de formação oferece como: encontro pessoal e comunitário com Cristo, diretor espiritual, confessor, psicólogo. Mais: ver a própria vocação como dom de Deus e tê-lo como primado. 

Os três dias foram de profundo enriquecimento para os pré-noviços que iniciaram com louvável aproveitamento esta formação proporcionada pelo P. Justino.

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