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Refletindo nossa ação pedagógico-pastoral

A Rede Salesiana de Escolas, nestes últimos anos, proporciona momentos de reflexão acerca da integração entre as ações pedagógicas e pastorais. O I ENCOPAS (Encontro Nacional de Coordenadores de Pastoral Escolar) abordou a questão da Ressignificação da Pastoral na RSE. Tal encontro procurou despertar os salesianos, salesianas e educadores leigos para quebrar alguns abismos existentes entre os serviços de animação pastoral e pedagógico. Na escola salesiana, toda ação é educativo-pastoral, por isso, é urgente aproximar estas duas dimensões.

Esta ressignificação torna a ação pastoral parte integrante de todo processo educativo. Tal dimensão não pode ficar presa apenas no âmbito transcendental, pois o ser humano é um todo complexo. Por isso, a pastoral escolar não pode caminhar sozinha, ou ainda, andar separada do serviço pedagógico. É preciso que ambos se complementem, organizem e pensem juntos as questões a serem propostas na escola. É de suma importância que o coordenador da pastoral participe efetivamente das reuniões da equipe pedagógica, de todas as discussões, e não apenas dos momentos em que tem que expor a programação pastoral.

Concebe-se a animação pastoral como uma ação transversal que permeia a totalidade da obra. Tal ação não pode resumir-se apenas a um setor da escola, mas sim, a uma animação pedagógico-pastoral. Pastoral não é somente fazer orações e celebrações na obra, mas uma atuação em todo processo educativo.

No oratório de Valdocco, Dom Bosco jamais viveu uma dicotomia entre o pedagógico e o pastoral. O Sistema Preventivo, fundado na razão, religião e amor, foi para ele um modo de vida, portanto, uma espiritualidade. O grande desafio nos dias hodiernos é vencer a cultura do “passar o conteúdo”, que esvazia o processo educativo, para o desenvolvimento do protagonismo do educando, principalmente do jovem, para que busque construir seu conhecimento.

Educar para o protagonismo é um grande desafio para o educador salesiano. A animação pastoral não pode resumir suas ações em fazer ou concretizar atividades. Precisamos cultivar uma mentalidade de processo, em contrapartida a uma pastoral cuja ação resume-se a eventos. Quando as iniciativas pastorais na obra começarem a fazer parte de um processo pedagógico-pastoral includente (onde o educando também participa), veremos que vai faltar espaço para os jovens, pois será grande a demanda de jovens motivados para um engajamento que dê sentido à vida. Não podemos ficar presos a eventos, tais como dia de Nossa Senhora, dia de Dom Bosco, senão a participação dos educandos terminará alí, no final da festa.

Contudo, para que exista este processo educativo-pastoral, é necessário que as ações propostas na escola sejam pautadas por um projeto, o PEPS (Projeto Educativo Pastoral Salesiano). Este projeto deve tornar-se o eixo norteador que direciona toda a comunidade educativa. E para que este processo se torne eficaz, é importante que todos sejam fiéis ao projeto, e não aos desejos de quem está na frente do processo pastoral.

Portanto, ao final de toda esta reflexão, vale dizer ainda que toda comunidade educativa é responsável pela execução do PEPS. De forma particular, tal compromisso com a educação salesiana torna a pessoa que trabalha na escola um educador-pastor. Só assim, na união destas duas dimensões é que a ação pastoral se tornará eficaz, pois além de estar fundamentada em um projeto, envolverá a participação das pessoas no processo educativo-pastoral.

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