No dia 13 de dezembro, os estudantes de Ratisbonne (Salesianos, Franciscanos, Padres Brancos) tiveram a oportunidade de visitar um local chamado Qumran. Este é conhecido sobretudo como o local onde foram descobertos os Manuscritos do Mar Morto. Entre 150 a. C. e 68 d. C., esta remota localidade abrigou uma comunidade isolada e radicalmente ascética, muitas vezes identificada com os essênios. Segundo a filosofia do grupo, a vinda do Messias estava próxima, e eles se preparavam para o evento purificando-se em rituais de abluções. A chegada dos romanos interrompeu essas atividades. Os essênios praticamente desapareceram da história até 1947, quando um pastor beduíno em busca de uma cabra perdida encontrou uma caverna repleta de jarros. Dentro deles havia 190 pergaminhos de linho, conservados por 2.000 anos graças ao clima seco do deserto. Os pergaminhos podem ser vistos numa sala que foi construída especialmente para abrigá-los, no Museu de Israel.
A excursão consistiu em assistir um filme sobre os essênios e a uma pequena mostra sobre a comunidade, e depois cada um dos estudantes se dirigiram para o sítio arqueológico, situado aos pés do penhasco onde Pe. Joan Vernet (professor de Arqueologia Bíblica) explicou cada área. Existem também várias placas sinalizando o uso provável das diversas áreas das ruínas. A partir do sítio podem-se ver as cavernas nas quais os pergaminhos foram encontrados. É permitido subir até elas, de onde se tem uma linda vista: o trajeto é feito dentro de duas horas. Os manuscritos Qumran haviam sido redigidos em fins do período do Segundo Templo, entre o século III a. C. e 68 d. C. Alguns contêm as mais antigas versões das escrituras bíblicas. Outros são tratados de história, vida cotidiana e predições messiânicas geralmente atribuídas aos essênios, seita hebréia separatista e monástica. Desde a descoberta dos Manuscritos, sua interpretação, identidade e missão dos autores têm sido objeto de debates acadêmicos e teológicos.
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