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QUANDO O NOME DO INFERNO É PARAÍSO

Manicoré/AM – Um grupo de jovens parte do porto de Manicoré com destino à Comunidade Paraíso. Depois 20 minutos de navegação o motor da nossa voadeira decide nos abandonar. Não desistimos! Pedimos socorro a quem passava, voltamos para o porto e fomos em busca de outro motor. Desde o começo, a mensagem já era clara: chegar ao paraíso não é fácil!

Após pouco mais de uma hora já estávamos outra vez do Rio. Desta vez com outra voadeira, descoberta e, no meio do Rio, uma chuva persistente nos acompanhava.

Às 11:00 horas chegamos na Comunidade onde, depois de ter sido acolhidos por algumas famílias, começamos logo o trabalho de orientar e ajudar na construção da Capela em honra à Santo Expedito: um verdadeiro trabalho de equipe e inter-comunitário. Às 13:00 horas, em espírito de fraternidade, nos foi oferecido o almoço que partilhamos num sincero clima de família.

A chuva persistia e recomeçamos os trabalhos, sempre mais molhados pela chuva incessante e ferrados por uma enorme quantidade de insetos. Às 18:00 horas, terminado o trabalho, nos movemos para a Comunidade vizinha chamada Verdum, onde dona Lúcia nos acolheu colocando a nossa disposição a sua casa próprio como se fôssemos alguém de sua família. Mais uma vez compartilhamos o jantar, com simplicidade e alegria e encontramos o descanso nas nossas redes.

No domingo, às 07:00 horas, voltamos novamente para a Comunidade Paraíso onde celebramos o culto, proclamando a Palavra de Deus debaixo de um telhado de palha, numa casa de farinha. Mas o que conta realmente é partilhar o pão. Não era o pão da Santa Eucaristia, mas o pão da Palavra, da comunhão, do ser irmãos e filhos do mesmo Pai. A alegria de poder anunciar a maravilha da Boa Notícia do Evangelho mesmo nessa Comunidade esquecida é imensa.

Às 10:00 horas visitamos a escola. Os alunos vêm para a escola de canoa com motor “rabeta”. È evidente que a educação não é de qualidade! O direito à educação e à saúde não chegam nesta parte do mundo como se deveria. Como não chega também água saudável (os moradores tomam a água contaminada do Rio Madeira com consequentes doenças)… faltam também a formação para dispor de serviços higiênicos e moradas dignas.

Às 13:00 horas, depois do almoço festivo, onde a comunidade colocou a disposição tudo o que tinha com inesquecível generosidade, voltamos para Manicoré com 3 pessoas a mais em nossa voadeira: um pai de família com duas crianças. A menina, Vanessa, quase não conseguia a andar por causa de uma infecção numa perna causada pelas ferradas de insetos.

De volta pensava comigo como tinham sido delicados… Pensava nas mãos dos moradores de Paraíso, mãos que trabalham a terra com instrumentos rudimentares, mãos que seguram a malhadeira, o terçado, mãos feridas… Pensava naquelas crianças que moram num verdadeiro Paraíso no sentido da beleza da natureza, mas sem alguma perspectiva de futuro, na falta de estímulos saudáveis pelo crescimento, vitima daquela onda preta do progresso chamada bebida, droga, violência… Pensava que este não é o Paraíso na terra que Deus quer e que é dever de cada um de nós lutarmos para fazer que este paraíso pare de se tornar inferno.

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