Manaus/AM – Reservou-sé a data de 31 de janeiro para a celebração do dia comemorativo de São João Bosco, fundador da congregação religiosa salesiana, que deixou sua indelével marca de caridade fraterna aos seus seguidores espalhados por todo o mundo. Neste ano é realçada sua figura devido à peregrinação das suas relíquias por todo o mundo onde a salesianidade está presente, isto é, em 130 países. E isto já vem sendo executado desde julho de 2009. No entanto é do dia 8 a 28 de fevereiro, que elas chegarão à capital do Amazonas.
Uma das primeiras solenidades será efetivada na Catedral de N. Senhora da Conceição onde se espera a maciça presença dos cristãos católicos de Manaus a reverenciar e venerar a urna-relicário contendo como peça preservada de D. Bosco sua mão direita. Isto possui um caráter simbólico quando recordamos que aos missionários partindo para a América erguia sempre sua mão direita em benção para o sucesso da apostolidade a ser empreendida. A mesma mão direita abençoou a Imagem de N. S. Auxiliadora que se encontra no altar lateral esquerdo da Igreja de D. Bosco em nossa cidade.
Para falar de D. Bosco, o São João Bosco teria que focalizar o sonhador, o escritor, o vidente, o missionário, o Taumaturgo, o educador, o apaixonado da Juventude e indiscutivelmente o grande comunicador: Como conhecido visionário, já percebia a comunicação social como o areópago do terceiro milênio. Já se propunha a defender com seu "Boletim Salesiano" à época, a atitude "mass media" de formação e informação que somados resultavam em educação evangelizadora nos moldes cristãos.
Para melhor falar de D. Bosco basta citar a sua presença através das Missões do Rio Negro. No colégio D. Bosco, Igreja de S. José Operário, e nos complexos educativos de Santa Teresinha e N. Sra. Auxiliadora a fim de citar os mais tradicionais e renomados da capital manauense. Dizia o escritor George Bernanos que todo homem tem que possuir três doces fidelidades. E exortava: "Sêde fiéis aos santos, aos poetas e às crianças". Explicando que deles brotam as verdades, por vezes terríveis, mas que aureoladas pela ternura inerente, a eles seduzem facilmente. Penso, em minha fértil imaginação que Dom Bosco, alma de santo, poeta e criança, certo dia escreveria um testamento feito de esperança no homem dos futuros milênios. E diria assim: Creio num sentimento maior. Creio sim, na justiça, na honestidade, no ser solidário, e principalmente, na felicidade, dessa felicidade feita do olhar da juventude…
Creio no término dos tempos de egocentrismo e dos homens-rôbos, que renunciam aos seus em troca de reinos que passam. Creio no poder do brilhantes olhos da juventude. Os únicos a enxergarem a curta distância entre o Sol e a Terra, entre o sonho e a realidade, entre o finito e o infinito, entre os homens e Deus. Creio como o adolescente, nos homens de boa fé. Oue não silenciam e apontam erros. Como o adolescente, acredito em sonhos e dons. Dons… que pedem mais deveres que direitos, que exigem e não acariciam e dizem para caminhar, nunca sentar ou parar, mas dar sempre um passo adiante. Creio na juventude porque ávida de sentimentos grandes. Nela a família salesiana pode inculcar a educação e os valores eternos como princípio, meio e fim para produzir egos genuinamente felizes. Lego aos anos futuros por acréscimo, o grito profético do compromisso de amor às tenras idades incompreensível aos homens dos frios gabinetes. Somente assim teremos nas mãos, feito evangelho real de um sonhador, o brilhante olhar da juventude…