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O voto é do partido


Dos três altos poderes da República, neste momento de nossa história, o que goza de maior prestígio e respeito da população é o Supremo Tribunal Federal, isto é, o Judiciário. A atitude firme e clara que tomou no julgamento do lamentável caso dos “mensalões”- atitude respaldada no Direito – fez crescer em todos a confiança e a respeitosa admiração por este Poder.



Agora, mais recente, o Supremo declarou que o voto não é primordialmente em favor do candidato, mas em favor do partido. Era o esperado. Assim se evitarão as lamentáveis trocas de partido, traindo a vontade do eleitor. Quem trocar de partido, após eleito, perde o mandato.



É fácil compreender: se o eleitor escolhe alguém de um partido com filosofia e programa democrático não vai querer que seu eleito se transfira para outro partido que historicamente sempre foi ditatorial, como era na Rússia até recentemente e o é ainda na China, como também em países de menor importância internacional. Isto é de meridiana clareza.



Estas suspeitas trocas de partido davam a impressão (até, às vezes, certeza) de que eram feitas por interesses não confessos de generosas recompensas governamentais. Estes lamentáveis fatos deverão cessar de agora em diante, graças à decisão do Supremo Tribunal.



Já que estamos neste assunto político, nosso olhar se voltava nestes dias recentes, não sem aflição, para o entrevero no Senado Federal. Confesso que não tenho responsabilidade nisto, pois na última eleição votei em todos os cargos, menos para o Senado. Não me sinto pois responsável pelo desvario em que estava mergulhada a alta estância do poder legislativo.



A visão, que os jornais televisos nos transmitiam das sessões do Senado, não é de trabalho, mas de recreação: grupinhos conversando, todos de pé no centro do salão, celulares ao ouvido, sem atenção ao que da tribuna se esteja dizendo. Lamentável!



Diante disto, a Igreja, que não se confunde com a comunidade política, mas tem consciência de sua missão de Mãe e Mestra, convida os responsáveis a viver e fomentar os ideais do bem e do belo para uma convivência justa e fraterna (Cfr. G. et Spes 76.77). É um ideal válido, sobretudo no fervilhante momento da política brasileira.



* Publicado no site da CNBB – 16 de outubro de 2007



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