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O profeta e o profetismo

A rede Globo acaba de colocar no ar a nova novela chamada O PROFETA. É mais um tema kardecista que a poderosa mídia apresenta ao povo. Num país ainda de confissão católica na maioria do povo, mas com forte tendência espírita, este tipo de argumento é um prato cheio. Aliás não é a única novela no gênero. Podemos ver uma seqüência de novelas que estão dentro do plano kardecista. A novela que acaba de estrear é uma nova adaptação, mas seu argumento não é bem sobre o profeta e muito menos sobre o profetismo. Sobre isto quero argumentar:


1. O profeta: A Bíblia Sagrada, principalmente o Primeiro Testamento, nos apresenta um momento rico do Povo de Israel com o movimento profético. Para nós católicos, o profeta representa uma das tantas formas como Deus quis se comunicar com a humanidade ao longo da historia (Heb 1,1-4), é um “homem de Deus”. Na cultura hebraica o profeta era considerado como: vidente, adivinho. Na cultura grega o profeta foi assimilado como o “porta-voz de Deus”. O profeta não pronuncia apenas palavras, mas também realiza gestos, tem visões, êxtase. Tudo para manter o essencial do profeta: ser mediador da Aliança entre Deus e seu povo. Manter, portanto, a fidelidade. Mas é preciso deixar claro que o profeta não é aquele que adivinha o futuro, mas aquele que é capaz de ler os sinais do presente e julgar as atitudes do povo verificando se Deus está ou não nas ações realizadas.


2. Profecia e fim dos tempos: Depois do exílio na Babilônia diminui muito a atividade profética. Surgiu em seu lugar a profecia apocalíptica na qual o profeta era aquele que discernia, com uma visão critica e positiva, o que estava acontecendo. Na realidade o profeta escatológico, exemplo, Daniel, Zacarias, Malaquias, tinham revelações a partir do acontecimento passado, exílio, e chamavam o povo para se manter na Aliança verdadeira para evitar o mau futuro. Deus atua fora da lógica do povo, e o profeta é chamado a ser mediador desta relação, muitas vezes penosa, mas necessária para o bem do povo.



3. Profetismo e ação de Deus: A identidade dos profetas acontece na Bíblia dentro de tradições teológicas, ou seja, as diversas interpretações da tentativa de compreender a ação de Deus. São as chamadas tradições: Eloista, Yahvista, Deuteronomista. Contudo o profetismo tem um ponto comum: promover entre o povo a consciência da fidelidade e da Aliança e a certeza da salvação. A Aliança de Deus é para sempre, por isso às vezes o povo é advertido. O profetismo foi muito zeloso e sempre denunciou todas as formas de infidelidades do povo à Aliança com Deus (Os 11; Is 54; 60; 62).



É bom salientar que o profeta não é uma pessoa ausente das questões humanas do povo, ele é um membro do povo que adverte. É também um religioso que fundamenta sua vida no Deus que se revela a ele. Ele é um mediador de um pacto de vida entre Deus e o povo. Sua missão é de anuncio, denuncia e construção. Hoje temos profetas. São homens e mulheres de fé. Eles apontam um novo céu e uma nova terra.



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