O que dizer da experiência de ter participado do Encontro Nacional da Pascom? Foi uma rica experiência eclesial. Ali estavamos comunicadores de todo o Brasil. Gente comprometido com as diferentes mídias. Alguns de ponta e outros ainda nos inícios. Entretanto, todos com o vivo empenho de assumir um trabalho cada vez mais qualificado e profético.
Seis bispos nos acompanharam nos quatro dias. A presença de Dom Orani Tempesta foi muito sigificativa. Ele, como bispo responsável pela comunicação na CNBB, se manteve próximo de todos. Tivemos também a presença de Dom Dimas, secretário da CNBB, que nos falou sobre as políticas de comunicação da Igreja no Brasil.
Éramos uns 20 padres, seminaristas e algumas religiosas, mas o grosso da turma eram leigos. Muitos leigos comprometidos com a comunicação e verdadeiros profissionais das mídias. Fiquei preocupado porque fora Dom Décio Zondonade, sdb, fui o único padre salesiano no Encontro. Será que a comunicação não tem importância para nós? Como educar-evangelizar os jovens sem a comunicação? Retornar a Dom Bosco é também retornar ao compromisso concreto com a comunicação; afinal ele foi um comunidor nato.
As conferências foram muito boas. Algumas ousadas e atrativas, outras menos cativantes, porém, deixaram marcas em todos nós. A grande questão da comunicação é perceber e, isto foi possível ver, que existe uma diversidade muito grande de atuações nos Brasil, mas pouco a pouco estamos chegando a critérios comuns de ação, gerando sinergia e maior rendimento dos trabalhos.
Gostei imensamente de participar no sábado à noite da entre dos prêmios Dom Helder Câmara, Margarida de Prata e outros para profissionais das mídias no Brasil. A imprensa e o cinema foram os grandes homenageados. Estes prêmios são reconhecidos pela sociedade brasileira e muito valorizados.
O clima do Santuário de Aparecida não nos deixou indiferentes. Rezei várias vezes contemplando a imagem da Mãe Morena. Vi os romeiros chegando no sábado e domingo e percebi o quanto é grande a espiritualidade que preenche os espaços daquela belíssima basílica. Nosso Encontro se deu no mesmo auditório onde aconteceu a Assembléia de Aparecida. Isto nos deu ainda maior sentido de Igreja. Trabalhamos como comunicadores nesta grande escola que é a Igreja.
De volta para a paróquia o jovem Iomar, coordenador da Pascom, retornou cheio de iniciativas e desejo de servir mais e melhor a Igreja. Eu acredito que está na hora da inspetoria investir em jovens comunicadores de nossas obras chamando-os para refletir, estudar e ousar a partir do pensamento da Congregação sobre a comunicação. Temos um material muito bom sobre o tema nas cartas de nossos superiores. Agora, temos que começar a socializar. Mais do que falar de pastoral da comunicação é hora de dizer comunicação nas pastorais. Inclusive foi sugerido que o nome seja SERCOM, serviço à comunicação.
Trabalho não falta. Tempo e iniciativas somos nós que criamos.