Por Wellington Abreu sdb
Depois da experiência em Manaus em novembro de 2018, aconteceu em Roma nos dias 7 e 8 de março, o Seminário sobre o Sínodo Pan-amazônico intitulado “Novos caminhos para uma Igreja com o rosto amazônico”. Este foi II Seminário de estudos da Congregação sobre o Sínodo para a Amazônia que será celebrado em outubro desde corrente ano. O encontro foi uma proposta da Faculdade de Teologia e o Instituto de Teologia Dogmática da Universidade Pontifícia Salesiana, juntamente com o Dicastério para as Missões Salesianas.
O objetivo deste seminário foi retomar a reflexão pelo lado salesiano. Há alguns meses foi realizado o primeiro encontro no Brasil, em Manaus, que contou com a presença dos missionários salesianos da América Latina para refletir sobre os desafios e as perspectivas futuras da presença salesiana na Amazônia.
Dizem que “a Amazônia é o pulmão da humanidade”. De fato, até mesmo o documento preparatório do Sínodo dos Bispos sobre a região Pan-amazônica afirma que a bacia amazônica é uma das principais reservas de biodiversidade (30-50% da flora e da fauna do mundo), de água doce (20% da água doce não congelada do planeta) e mais de um terço das florestas primárias do planeta. Nove países compartilham deste grande bioma: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela, incluindo a Guiana Francesa, como território ultramarino. Os salesianos também estão lá, trabalhando com os jovens indígenas.
Ao mesmo tempo, “o seminário não é apenas um seminário de reflexão sobre o Sínodo Pan-amazônico, ele faz parte de uma viagem interior às Inspetorias para a reflexão e a qualificação da nossa missão na Amazônia – afirma o padre Martín Lasarte, do Setor para as Missões. Nossa missão, dada a importância para a ecologia integral, é atenciosa e prioriza fundamentalmente o grito dos jovens, especialmente os indígenas, mas também afrodescendentes, mestiços, brancos, mulatos, da floresta, do campo, das margens, das pequenas e grandes cidades”.
Importante ressaltar que, para o Papa Francisco, o Sínodo Pan-amazônico visa “identificar novas formas de evangelizar aquela parte do povo de Deus, especialmente os povos indígenas, que muitas vezes são esquecidos e privados de um futuro sereno”. Eis porque, para os salesianos, trata-se de realizar “uma obra de sensibilização” diante deste grande desafio.
Para efetivar esta tarefa, os organizadores do seminário convidaram diversas personalidades. Os oradores foram: dom Fabio Fabene, subsecretário do Sínodo dos Bispos; dom Raúl Biord, bispo de La Guaira, Venezuela; dom Antonio de Assis Ribeiro, SDB, bispo de Belém, Brasil; dr. Guzmán Carriquiri, vice-presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina; profº. José Zanardini, SDB, do Paraguai; dra. Gabriela Bernal do Equador; padre Juan Botasso, SDB, do Equador e padre Reginaldo Cordeiro, SDB, da Inspetoria Brasil-Manaus.
Houve também a participação de outras personalidades por meio de entrevistas pré-gravadas: como o cardeal Claudio Hummes, Presidente da “Rede Eclesial Pan-amazônica” (REPAM); o cardeal Pedro Ricardo Barreto Jimeno, vice-presidente da REPAM, Peru; e Mauricio Lopez Oropeza, Secretário Executivo do REPAM.
Além da presença do padre Reginaldo Cordeiro, da Inspetoria de Manaus participaram também, a irmã Nádia Caetano(FMA), padre José Luís Junior e o estudante de teologia Wellington Abreu.
Temos por conclusão que, os Salesianos, com toda a Igreja, são “chamados a ser – nas palavras do Papa Francisco – os instrumentos de Deus Pai, para que o nosso planeta seja o que ele sonhou quando o criou, e a responder a seu plano de paz, beleza e plenitude”.