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Mistagogos da Fé

P>Duas palavras estão contidas nesta expressão: a mística e a pedagogia. Creio de fundamental importância nós atermos ao significado de sermos hoje mistagogos, que dizer pessoas capazes de conduzir a Jesus Cristo, de elaborar e orientar processos iniciáticos na fé dentro de um contexto religioso plural, ou seja, abertura e testemunho solidário de Jesus Cristo em favor da preservação do humano. Para isto aponto os seguintes passos:


1. Espiritualidade do cotidiano: curar e perdoar:


O Reino de Deus chegou e nele vemos as duas realidades mais fortes presentes na fome da humanidade atual: o desejo de ser curada dos males e o endurecimento do coração que dificulta perdoar. Na Redemptoris Missio, o Papa usou estas expressões para explicitar que no atual contexto da evangelização curar e perdoar brotam como sinais visíveis de salvação, e o próprio Jesus os usou para manifestar a presença do Reino (Cf. n. 24).



Com a evolução da espiritualidade e o surto atual de novos fenômenos religiosos somos chamados, a partir do carisma fundacional, a ser mistagogos do companheirismo, ajudando os homens e as mulheres a partilharem da esperança nas estradas que levam a Emaús. Uma espiritualidade que se utiliza da ternura e não da imposição, livre de pré-conceitos, que dá testemunho como Ananias das maravilhas de Deus na própria vida. Talvez nossas comunidades religiosas devem se tornar lugares de encontro e de cura das cegueiras. Uma espiritualidade que leve o religioso a ser inteiro, harmonioso consigo mesmo e com outros para encontrar a na irmã natureza a presença de Deus. Uma espiritualidade da Aliança que entra em sintonia com as linguagens de hoje e ajuda a discernir e a construir humanidade. Para isto a missionária deve estar aberta aos valores das festas do povo, das expressões corporais, da arte, da música e da dança, ao lado dos militantes pela justiça social



Em tudo isto encontramos o Deus que se torna no cotidiano sinal de salvação. Nada nos pode separar deste amor, nem mesmo a morte!



2. O diálogo – alteridade:



Com a crença de que o Espírito sopra onde quer (Jô 3,8) o religioso deve ser sensível aos outros, ao diferente. Isto não quer dizer abdicar de suas crenças, mas de reconhecer que as convicções do interlocutor não são de modo algum uma ameaça à sua fé. É preciso captar a essencialidade nas diferenças (João XXIII). O diálogo autêntico levará o interlocutor a uma transformação, a uma nova visão de sua própria crença.



Este diálogo dentro da missão torna-se hoje um dos grandes desafios para a evangelização. Saber conviver e dar testemunho de uma experiência que modificou suas vidas é muito mais valioso às missionárias do que mil discursos dogmáticos (RM, n. 56).



3. Formação missionária do Povo de Deus:



Na RM o Papa faz um apelo a uma séria atividade formativa do Povo de Deus para a missão. As missionárias são chamadas a dar este testemunho a través da mídia, de subsídios, de cursos, suscitar vocações Ad Gentes e a cooperação missionária (RM, n. 83).



Acredito que seja urgente esta partilha consciente da nossa missão a partir do carisma fundacional, pois a fome que a humanidade tem da experiência de Deus não pode esperar. O reavivamento da ação missionária hoje é um grito que vem de nossas paróquias, comunidades e dioceses. Vivemos uma fase de marasmo e quase silêncio da voz de Deus. A selvageria religiosa que se tornou o pluralismo religioso está gerando um fundamentalismo que suscita ódio, intolerâncias, discriminações e fanatismo. A voz da missionário e seu testemunho cotidiano no meio do Povo, seja sinal de contradição e formação.



4. A Santidade:



A santidade é um apelo a colocar Deus no centro de nossas vidas e de nossas ações. Sem uma vida que se santifica (LG, 1) a ação missionária será eficaz, mas nunca efetiva. Podemos ser grandes construtores e ativistas, mas nunca mistagogos do mistério de Jesus Cristo.



A missionária que não sabe contemplar (RM, n. 91) jamais será capaz de anunciar Jesus Cristo porque perderá a capacidade de ver o mundo a partir da luz que é a Palavra de Deus. Somente podemos suscitar discípulos do Senhor se nosso testemunho for anúncio do que contemplamos, do que ouvimos e vimos (1 Jo 1,1ss). Com uma fé interior profunda a missionária vive as bem-aventuranças como autentica alegria de servir ao Senhor e seu Reino (RM, n. 91). Ser santa é um apelo e um compromisso. Parafraseando a mensagem de João Paulo II aos salesianos eu diria: RELIGIOSOS SEJAM SANTOS E FORMADORES DE SANTOS.!



GUIA PARA A REFLEXÃO



Quais seriam os principais apelos, segundo sua sensibilidade, para um compromisso pessoal com a ação evangelizadora?



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