Neste mês de maio juntamente com toda a Igreja e com a Família Salesiana celebramos e meditamos Maria, esta grande mulher, que de coração disponível deu seu Sim a Deus. Maria é para cada um de nós um modelo a ser imitado. Ela no revela que é Deus que conduz a nossa história cuja plenitude encontra-se em Cristo Jesus. Cabe a cada homem e mulher dizer sim a chamado que Deus nos faz para na condição de batizados sermos anunciadores do Evangelho.
TEMA: MARIA MODELO DE VOCAÇÃO CRISTÃ
Lc 1, 26 – 38: Nascimento de Jesus
O anúncio do nascimento de Jesus está articulado intencionalmente a partir da concepção de João Batista. No entanto, aqui, a protagonista é Maria, a jovem íntegra, prometida como esposa a José. A menção a José, descendente de Davi, serve para justificar, no plano histórico e legal, a promessa que diz respeito ao filho de Maria: Deus lhe confiará o trono de Davi, seu antepassado (1,32). Essa passagem faz referência a Isaias: “o próprio Senhor vos dará um sinal” (7,14). Diferentemente da concepção de João Batista, aqui, a protagonista é Maria.
Na Bíblia não há saudação que traga maior alegria e mais riqueza do que a da paz, a atitude de estar aberto para Deus de modo que todo amor se pode derramar na vida da pessoa sem obstáculos.
“Alegra-te cheia de graça! O Senhor está contigo” (v. 28). Pode ser traduzido também por: “Não tenha medo, Maria. Você é muito amada por Deus”. Ninguém na Bíblia recebe tal série de belas saudações a fora Maria: 1,18,30,35,45,49;2,19,34.
Disse o Anjo: “Não tenha medo, Maria! Encontrastes graças junto de Deus. Conceberás e darás a luz um filho, lhe porá o nome de Jesus” (v. 30-22).
Quem tem o coração aberto à graça de Deus não precisa ter medo pois Deus está sempre com ele (a). Eis a razão porque Maria não precisa temer: Ela foi agraciada por Deus. Em outras palavras, Deus a acumulou de bênçãos. Tal saudação é rica em significado: “Alegra-te, eleita pelo favor de Deus”. Nas palavras do anjo faz ouvir um eco das profecias endereçadas à “filha de Sião” representante do povo de Deus (cf. Sf 3, 14.15; Zc 9,9; Jl 2,21). Maria prefigura o anseio de libertação do Povo de Deus, pois, ela, escolhida pelo amor benévolo de Deus, será a mãe do Messias esperado e anunciado na história de Israel.
Após a saudação, Maria estabelece um diálogo com o Anjo: “como acontecerá isso, já que eu não convivo com nem um homem?” (v. 34). Diferente de Zacarias, Maria não duvidou, mas quis entender o significado da mensagem. Lucas apresenta Maria numa atitude atenta, reflexiva, pronta para entender o sentido e as conseqüências da palavra de Deus (v. 1,29). A resposta do anjo reafirma que Maria foi agraciada por Deus e, por isso, a ação de Deus pode acontecer plenamente na vida dela. “O Espírito do Senhor Virá sobre você, e o poder de Deus a cobrirá com sua sobra”. O sim que Maria é convidada a participar do plano salvífico de Deus: “por isso o menino que vai nascer, será chamado Filho de Deus” (v. 35).
Maria ficará grávida de Deus. Neste sentido a virgindade de Maria assume um significado novo: é expressão da radical pobreza e disponibilidade na fé ao projeto de Deus.
Em seguida, Lucas dirige a nossa atenção não para a visão do anjo, mas para a mensagem proferida por Maria. A exemplo de Abraão, Maria confia no “Poder” de Deus: a Deus nada é impossível (cf. Gn 18, 14). Por isso ela pode dizer: “Eis aqui a será do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (v. 38).