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Maria missionária

“Maria partiu apressadamente à casa de Isabel”

“A casa de Isabel” (Lc 1,40) é um ícone do encontro missionário. Ali Maria foi com presa, quer dizer, ela tinha interesse de chegar logo, pois, sua parenta estava grávida e necessitava de ajuda porque era idosa. Maria, pelo menos Lucas deixa esta abertura para pensarmos, não vai à casa de Isabel com o objetivo de falar de si, mas sim pelo desejo de servir, movida pela notícia que lhe dissera o Anjo: “Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice” (Lc 1,36). A visita de Maria missionária marca o ideal do encontro entre o Senhor que chega no silêncio e transforma desde dentro a vida de quem o acolhe.

Isabel acolhe Maria com surpresa: “Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?” (Lc 1,43). Nesta pergunta, que também é uma exclamação, se revela a alegria de quem recebe a Boa Noticia que Maria carrega no ventre e a surpresa. Expressões próprias de Lucas. Também no relato da aparição no caminho de Emaús os discípulos ficam alegres e surpresos (Lc 24, 41b). Ambos sentem o coração arder e abrem os olhos ao ver o senhor partir o pão (Lc 24,36). É também alegria e surpresa. Isabel quando escuta a saudação de Maria sente a criança se mexer de alegria (Lc 1,44). Somente quando o Senhor fala no interior da pessoa é possível sentir alegria e surpresa porque a paz se faz realidade (Jo 20,19).

Também hoje a saudação do ressuscitado continua a mover nossas histórias. Há uma expectativa nesta sociedade materialista e fria. Busca-se uma saudação que de fato surpreenda o ser humano viciado na indiferença e na velocidade do tempo. Espera-se uma presença que aqueça a vida de tantos abandonados. É o Senhor que preenche o vazio que o consumo exacerbado plantou em nossos corações.
Maria segue sua missão de levar ainda hoje o ressuscitado que alegra e surpreende. É fato que a religiosidade popular Mariana não é fechada, mas aberta aos outros. Quem venera Maria se abre a missão do seu Filho. Bem diz o Documento de Aparecida: “Maria é a grande missionária, continuadora da missão de seu Filho e formadora de missionários. Ela, da mesma forma como deu à luz o Salvador do mundo, trouxe o Evangelho à nossa América e Caribe”(n. 269).

Esta realidade nos move hoje à missão. Não aquela visita sem compromisso, mas aquela capaz de surpreender quem está desencantado ou voltado para o próprio umbigo. Uma visita que alegra e rejuvenesce porque gera nova vida. A missão é uma atitude que transforma o ser humano desde dentro, seja quem comunica seja quem recebe. A pessoa que vai ao encontro do outro carrega a Palavra sem medo e não mede esforços. É a perene gravidez que suscita no missionário e missionária o ardor evangélico e o diálogo da paz.

No carisma salesiano a figura materna de Maria é também um ícone que nos empurra para a missão. Dom Bosco vivenciou vários títulos marianos sempre na busca de compreender a mensagem do Evangelho: Nossa Senhora da Anunciação que aparece a Joãozinho aos nove anos pousa carinhosamente a mão sobre sua cabeça assegurando-lhe a presença educadora; Nossa Senhora da Assunção, em relação ao processo de crescimento espiritual do cristão rumo ao céu (Col 3,1); Nossa Senhora do Rosário, em sintonia com a contemplação dos Mistérios do Senhor; Nossa Senhora do Castelo, em plena referência a maternidade de Maria; Nossa Senhora das Dores, que sente compaixão pelo filho que sofre. Diante da imagem da Mãe das Graças o jovem seminarista Bosco pedia discernimento para ser um padre diferente e cheio de ardor evangélico; Virgem da Consolata, como a Mãe que consola o filho nas aflições; Virgem Imaculada Auxiliadora dos cristãos, aquela que nos socorre nos tempos difíceis. Em todas estas devoções estava muito presente a figura da Mãe. Na hora da morte ele tinha forças apenas para dizer mãe, mãe, mãe. Ali se revelava toda sua experiência filial e confiança na Senhora pastora que tudo fez na sua vida.

Segue, portanto, nosso esforço de filhos e filhas para continuar a visita “a casa de Isabel”. As casas de tantas pessoas que em nossas comunidades estão muitas vezes fechadas, amedrontadas e marcadas pelo abandono. Precisamos, a exemplo de Maria, sair apressadamente ao encontro das “casas” para servir. O Espírito que recebemos no dia do batismo nos enche de força para a missão além de nossas estruturas e comodidades. Ressoa, por conseguinte, as palavras do Ressuscitado”Não tenhais medo” (Mt 28,10).

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