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Juventude e Religiosidade: Desafios e perspectivas

São Paulo/SP – No segundo dia de reflexão da Comissão Nacional de Pastoral Juvenil Salesiana (FMA-SDB), pela parte da manhã foi assessorado pelo professor Dr. Jorge Ribeiro da PUC de São Paulo que apresentou um quadro sintético da sensibilidade juvenil em relação à religião. As grandes caraterísticas apresentadas não causaram surpresa. Segundo atuais pesquisas sobre juventude e religiosidade dizem que: os jovens são sensíveis ao fenômeno religioso, mas ao mesmo tempo são críticos; não são simpatizantes aos dogmas, às doutrinas, não aderem com facilidade às religiões tradicionais e institucionalizadas; seguem experiências religiosas em sintonia com as próprias características; aderem com mais facilidade à propostas e experiências religiosas marcadas pela dimensão afetiva.

A igreja católica tem progressivamente perdido muitos fiéis; uma das parcelas que mais se distancia afetivamente da Igreja Católica é a juventude. A causa está justamente na desafeição das juventudes em geral em relação ao “corpo doutrinal católico”. A mentalidade pós-moderna sugere um “modo de vida” com referenciais bem diferentes e mais atrativos. Para os jovens católicos não há uma rejeição da Igreja, simplesmente não levam em conta, em geral suas propostas doutrinais oficiais!

Segundo o censo do IBGE ano 2010, comentado pelo assessor, o catolicismo vem se tornando uma Igreja masculina. Perdendo as mulheres, o catolicismo está perdendo uma parcela estratégica da sociedade que educa as crianças e condiciona a juventude. As mulheres simplesmente não levam em consideração as “doutrinas morais” na esfera sexual e assumem uma postura de vida moralmente autônoma. Por outro lado, o machismo católico é outro fator que deixa, de modo geral, as mulheres por segundo plano na Igreja afirmou o assessor. Enfim, com a desafeição feminina em geral em relação à Igreja, como consequência, também a Igreja perde a juventude uma vez que esta tem uma profunda relação com a figura da mulher, mãe, educadora – refletiu o assessor.

Diante dessa realidade juvenil, que modelo de Pastoral podemos pensar? Uma “pastoral líquida”, pós-moderna? Devemos olhar a postura de Jesus como critério referente. Somos convidados a pensar a “proposta de conversão” como vivência da “aretê”, palavra grega que significa busca da excelência pessoal, isso exige naturalmente conversão autêntica; todavia, a conversão, enquanto “melhoramento de vida pessoal ou aprimoramento da própria excelência”, pode ser buscada em muitas fontes. É necessário que conheçamos o Jesus Histórico. Ele partia sempre da situação em que a pessoa se encontrava e nunca a partir de um código doutrinal. Por isso a acolhida é fundamental!

No contexto pós-moderno, disse o professor, a religião é pensada como uma dessas fontes. A juventude hoje não busca o sentido para a própria vida simplesmente na religião, mas em muitas outras fontes. Jesus nos convida não só nos preocupar em “arrancar o joio”, mas sobretudo, a cultivar o trigo. Estimular o bem! A questão da nossa proposta pastoral nesse contexto é, sem dúvida, um desafio. Devemos pensar que nossa proposta deve trazer uma novidade para a vida dos jovens. Se não, tudo perde o sentido. Para que possam acolher nossa proposta, devem conhecê-la. Pela parte da tarde nos empenhamos na construção do Plano de Ação da Comissão Nacional da Pastoral Juvenil Salesiana.

Pe. Antonio de Assis Ribeiro,sdb.

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