Dentre os muitos artigos publicados nestes dias pelo jornal mais difundido na Itália, o Corriere della Sera, dedicados à morte do Papa, Vittorio Messori, jornalista e escritor – a ele se deve entre outros o primeiro livro-entrevista com João Paulo II Varcare la soglia della speranza traça um retrato especial do Pontífice.
A certa altura do artigo ressalta a dimensão pedagógica de João Paulo II, o seu relacionamento com os jovens e com os salesianos. Escreve: Esta sua pedagogia do acolhimento e ao mesmo tempo de rigor, confirmou-ma ele mesmo, com palavras decididas, respondendo a uma pergunta sobre as novas gerações em «Varcare la soglia della Sparanza». Poucas páginas, mas intensas onde parecem ressoar as intuições e o estilo de um santo de quem sempre foi devoto admirador, isto é, de Dom Bosco, cujos Salesianos tiveram logo na Polônia uma extraordinária acolhida e cuja rede de obras e oratórios cobriram grande parte do país.
Messori parece dizer que o Papa foi à escola de Dom Bosco. De fato acrescenta: Uma lição que Wojtyla (por um momento pensou até em fazer-se exatamente salesiano) captou e soube traduzir em prática, com os resultados que todos pudemos constatar até ao fim. Ao invés de sentir-se afastados por aquela sensação de Evangelho radical, os jovens acorreram em massa.