Itália – CG26: “O encontro fraterno”

Encerrou-se ontem a peregrinação aos lugares de Dom Bosco dos Delegados ao Capítulo Geral 26 dos Salesianos.

Pela manhã cumpriu-se o quarto itinerário da romaria, dedicado à Basílica de Maria Auxiliadora agora no seu antigo esplendor, graças à recente restauração. Dessa igreja é que partiram as expedições missionárias que foram levando para todo o mundo o carisma e o coração de Dom Bosco.

Seguiu-se a celebração da Eucaristia no Santuário da Consolata, presidida pelo Arcebispo de Turim, cardeal Severino Poletto. A celebração se caracterizou por um clima de grande fraternidade: “O encontrarmo-nos juntos para celebrar a Eucaristia no santuário da Consolata, Padroeira da nossa Diocese e da qual Dom Bosco foi particularmente devoto – disse o Cardeal Poletto, durante a homilia – é para mim, Arcebispo de Turim, motivo de alegria em acolher-vos quer para rezar convosco e por vós, quer para agradecer ao Senhor quanto a Igreja de Turim recebeu e recebe pela presença pastoral dos Salesianos e de toda a grande família espiritual de Dom Bosco. Quero dizer-vos pessoalmente, e não pareça uma expressão de simples cortesia – prosseguiu o Cardeal -, mas é o meu verdadeiro sentir espiritual: alimento para com os Salesianos grande afecto além de uma gratidão sincera pelo espírito de amizade recíproca que sempre senti e pela maravilhosa colaboração que em todos os níveis existe entre nós.

Da Diocese de Turim chegaram além disso os bons votos para a importante experiência do Capítulo Geral: “O vosso Capitulo geral – disse o Cardeal Poletto – e o tema tão caro a Dom Bosco e tão essencial para a Igreja de todos os tempos: “Da mihi animas, cetera tolle!”, comprometem-vos em três direções fundamentais: A santidade de vida. Somente ricos de fé e de amor de Deus conseguimos sentir o compromisso do dever, com o nosso ministério, continuar na história a obra salvífica de Jesus; um maior conhecimento do verdadeiro carisma de Dom Bosco. O Dom Bosco ativo e em continuo movimento entre os seus rapazes, o Dom Bosco do apostolado no recreio do oratório, o Dom Bosco dos passeios de Monferrato com a banda de música ou o Dom Bosco do “fazer-se santo estando alegre” não nos deve fazer esquecer o Dom Bosco contemplativo que sabe viver em continua comunhão com Deus e encontra na oração prolongada e na familiaridade com o Senhor a verdadeira seiva que dá vigor ao seu carisma.

E, por fim, o empenho pela formação dos jovens. Diante dos jovens devemos sempre saber apresentar-nos como sinais de esperança. Há neles uma grande necessidade em descobrir a beleza da vida vivida na pureza, na grande fé em Deus e no amor desinteressado. Têm sede de alegria, daquela que o Senhor pode dar e que nós devemos saber transmitir como a total realização da vida”.

Depois da bênção final os celebrantes detiveram-se na frente da Capela dedicada a São José Cafasso, o santo turinês que foi guia espiritual de Dom Bosco.

“O balanço desta peregrinação – comentou o Reitor-Mor, P. Chávez, no encerramento dos três dias turineses – é muito positivo. Todos os delegados capitulares sentiram-se realmente fascinados por terem tido essa possibilidade de visitar os lugares de Dom Bosco. A peregrinação que vivemos foi muito bem preparada pelo Regulador do Capítulo e nos permitiu ir ao coração do evento salesiano. De alguns delegados – concluiu o P. Chávez – nasceu além disso a proposta de iniciar todos os capítulos gerais com uma peregrinação aos lugares do Fundador, para partir sempre de Dom Bosco”.