Por Pe Justino Sarmento Rezende
Povos indígenas,
Levam nomes no coração,
Histórias nas memórias,
Sonhos nas mentes,
Obras na ponta das mãos,
Pescam e caçam,
Cultivam, cuidam, e colhem,
Comem quinhapira,
Bebem chibé, refrigerante, suco,
Crianças correm na aldeia,
Nada nos rios e cachoeiras,
Estudam, aprendem e sonham,
São técnicos de informática,
Engenheiros eletrônicos,
São advogados, antropólogos,
Sociólogos, pedagogos, linguistas,
É pajé, xamã, padre, pastor,
É vereador, sacretária,
É professor, diretora, gestora,
Dança cariço, mavaco, forró, pagode,
Trabalha com terçado, machado,
Maneja computador, tablete, celular,
Vive no interior e vive na cidade,
Está na fábrica, loja, universidade,
Está no Movimento e em movimento.
É poliglota, fala sua língua original,
Fala português, inglês, espanhol,
Navega remando,
Conduz barcos grandes e rápidos,
Manejo carro e internet,
Anda com o pé no chão,
Transita no mundo virtual.
Come x-tudo, hambúrguer.
É escritor, poeta, cantor, pintor.
Nós somos muito mais
do que conseguimos dizer,
Emuito mais do que conseguimos enxergar,
Somos mundos!
Somos mistérios!