Bento XVI lembra João Paulo II
Foi na tarde de ontem, 2, na Basílica de São Pedro, que o papa Bento XVI juntamente com toda a Igreja de Roma lembrou os quatro anos do falecimento do então papa João Paulo II. Da celebração participaram milhares de jovens, de modo especial, da diocese de Roma, em está em preparação ao Dia Mundial da Juventude que acontece neste domingo, 5.
Durante sua homilia, Bento XVI declarou celebrar a “Santa Eucaristia em sufrágio à alma João Paulo II”, ao mesmo tempo em que deu graças ao Deus por tê-lo dado à Igreja, por tantos anos, como zeloso e generoso Pastor.
Ao comentar o Evangelho de ontem, do capítulo oitavo de São João, o pontífice frisou que Jesus pouco antes se apresentara como “luz do mundo”. Ele também usou repetidas vezes a expressão “Eu sou”, em lembrança às evocações em sentido forte do nome de Deus revelado a Moisés.
Ainda em meditação a este Evangelho, o papa observou que uma pessoa é levada a considerar como é difícil dar testemunho a Cristo. Neste contexto Bento XVI evocou o testemunho do seu predecessor, João Paulo II, falecido há quatro anos: “desde jovem ele se mostrou intrépido e arrojado defensor de Cristo: por Ele não hesitou em gastar todas as suas energias para difundir por toda a parte a sua luz; não aceitou descer a compromissos quando se tratava de proclamar e defender a sua verdade; nunca se cansou de proclamar a todos e sempre, que só Jesus é o salvador e o verdadeiro libertador do homem, e do homem todo”.
Em toda a celebração o pontífice fez alusões a João Paulo II, sempre com destaque para a experiência do então papa, sua espiritualidade e dedicação no trabalho pastoral pelo mundo, que, segundo o Bento XVI, gerou para a fé muitos filhos e filhas. Ao dirigir-se aos jovens de Roma, o papa falou sobre vocações e conversão dos jovens: “Quantas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada, quantas jovens famílias decididas a viver o ideal evangélico e a tender para a santidade estão ligadas ao testemunho e pregação do meu venerado predecessor! Quantos rapazes e moças se converteram, ou perseveraram no seu caminho cristão, graças à sua oração, ao seu encorajamento, ao seu apoio e ao seu exemplo!”
Por fim, o pontífice falou sobre a necessidade de pensar nos riscos da vida enquanto jovem, bem como ter Deus no centro da vida como fundamento e esperança. “Caros jovens, não se pode viver sem esperar. A experiência mostra que todas as coisas, e a nossa própria vida, estão em risco de ir abaixo, de um momento para o outro, por qualquer motivo interno ou externo. É normal: tudo o que é humano, e, portanto, também a esperança, não tem o seu fundamento em si mesma, mas carece de uma rocha onde se possa ancorar. É por isso que Paulo escreve que os cristãos estão chamados a fundamentar no Deus vivo a esperança humana. Só em Deus (a esperança) se torna segura e fiável. Só Deus, que em Jesus nos revelou a plenitude do seu amor, pode ser a nossa firme esperança”.