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Excursão à estudos na Jordânia

Ratisbonne/Jerusalém – De 19 à 23 de Abril os estudantes do Studium Theologicum Salesianum de Ratisbonne tiveram a grande excursão bíblica-arqueológica que é realizado uma vez por ano. Este ano foi na Jordânia, onde foi possível visitar quatro lugares cristãos importantes: Pella, Jerash, Monte Nebo e Petra.

No dia 19 de Abril tivemos a oração da manhã e a Santa Missa às 5:30, logo após partimos de Jerusalém até a fronteira da Jordânia de onde nos dirigimos até Pella. As ruínas romano-bizantinas são a principal atração, sobretudo o átrio com colunas. A água, as terras férteis e, mais tarde, a sua inclusão em duas das principais rotas comerciais atraíram habitantes desde antes de 3000 a.C. Pella foi uma das cidades da Decápolis (Mt 4,25; Mc 5,20; 7,31). Esta é uma cidade não mencionada na Bíblia pelo nome, mas a localização na parte leste da Jordânia (além do rio Jordão), mostra que Jesus visitou esta área (Mt 19,1; Mc 10,1). Pela parte da tarde, tivemos a visita à um Cais, que ocupa o mesmo local da cidade grego-romana de Gadara. Suas ruínas ficam numa colina com vista para as Colinas de Golã e o mar da Galiléia. A cidade é conhecida pelo milagre que Jesus teria operado aqui, transferindo os maus espíritos de dois homens para porcos (Mt 8,28-34). A partir de 1974, os arqueólogos descobriram várias ruínas romanas, como uma rua com colunas e um teatro.

No dia 20 de Abril partimos cedo após a oração e a missa para Jerash. O mais impressionante são as enormes colunas no local. Nós tivemos a experiência de colocar os dedos em baixos destas colunas de pedra e sentir o tremor delas quando elas balançam com o vento. As escavações em Jerash, chamada antigamente de Gerasa, começaram na década de 1920 e revelaram uma das cidades romanas mais preservadas do Oriente Médio. Durante o período helenístico, no século 3.o a.C., Jerash tornou-se um centro urbano e passou a integrar o conjunto de cidades-estados gregas conhecido como Decápolis. Chega-se à cidade pelo Arco de Adriano erguido em homenagem ao imperador romano. Perto dali fica o Hipódromo, onde realizavam as corridas de biga (hoje os jordanianos realizam apresentações para os turistas com antigas vestes), e um pouco mais em frente chega-se ao Portão Sul, parte de uma muralha da cidade erguida no século 4.o d. C. À esquerda, sobre uma área elevada, vê-se o Templo de Zeus e o Teatro Sul, que hoje sedia o Festival de Jerash. A partir de 350 d. C., um grande número de comunidade cristãs viveram em Jerash e, entre 400-600 d.C. mais de 13 igrejas foram construídas neste local, a maioria com magníficos mosaicos no piso. Uma catedral foi construída no 4.o século e uma antiga sinagoga com mosaicos em detalhes incluindo a estória de Noé, foi encontrada debaixo da igreja.

Pela parte da tarde fomos à Amã, definida como cidade moderna e construída com pedras extraídas da região, Amã começou a crescer no início da década de 1920, quando o emir Abdullah a transformou na capital da Transjordânia. Sua história, porém, remonta a milênios. O povoado mencionado na Bíblia como Rabbath Ammon era a capital dos amonitas, que combateram os israelitas durante séculos antes de cair sob o jugo dos assírios. Depois de um período de dominação pelos nabateus, a cidade tornou-se um grande centro comercial na época romana e passou a se chamar Filadélfia. Hoje Amã e uma cidade moderna, resultado do veloz desenvolvimento ocorrido na segunda metade do século 20, após a dispersão dos palestinos que se seguiu às guerras com Israel. Nós constatamos de fato o grande desenvolvimento da cidade através da vista do centro comercial, quando passamos pelo centro da mesma. 

No dia 21 de Abril seguimos para Madaba e para o Monte Nebo. Segundo o Antigo Testamento, a cidade moabita da Madaba estava entre os locais conquistados pelas tribos de Israel. Depois de mudar de mãos diversas vezes, Madaba destacou-se sob o domínio romano. Por volta do século 4.o d.C., tornou-se importante centro do cristianismo, com um bispo próprio. Madaba enfrentou invasões dos persas e dos muçulmanos, mas só entrou em declínio sob o regime dos mamelucos. Acabou abandonada no século XVI, voltando a ser habitada somente no final do século XIX. Nós visitamos a principal atração da cidade, que é o fabuloso mapa de mosaicos da Igreja Ortodoxa de São Jorge, no centro da cidade. O mapa tem uma disposição leste-oeste, e não norte-sul, com a Palestina no lado esquerdo e o delta do Nilo, no Egito, à direita. As cidades, situadas com incrível precisão para a época, são representadas em forma plana, semelhante à utilizada pela cartografia moderna. Os nomes estão escritos em grego.
Depois da visita em Madaba fomos para o Monte Nebo, uma montanha que se eleva no final de uma longa cadeia que margeia o mar Morto. Oferece vistas espetaculares do próprio lago, situado 1.000m abaixo, e do rio Jordão. Deste monte, Moisés teria avistado a Terra Prometida pouco antes de morrer (Dt 34,1-5). Uma pequena igreja foi construída neste local no século IV para comemorar o fim da vida de Moisés e, ainda hoje este é um local ativo de oração e peregrinação onde os Franciscanos cuidam do local. O Papa João Paulo II visitou o local em 2000 e, foi construído um monumento em homenagem ao Papa, como também a famosa cruz com uma serpente no monte Nebo. A cruz e de metal, assim também como a serpente e são símbolos do local. Logo após o almoço, visitamos o antigo fortaleza de “Machaerus”, que foi reconstruído por Herodes, o Grande. Neste local aconteceu a execução de João Batista por ter acusado Antipas de adultério (Mt 14,9), descrito também nas palavras de Flávio Josephus como adultério e incesto. Aproximadamente 4000 pés acima do nível do mar, é possível ter uma impressionante visão do outro lado do Mar Morto dentro do Oeste penhasco e Israel.

No dia 22 partimos cedo de Madaba para Petra, um dos sítios arqueológicos mais marcantes do mundo. Seus túmulos e templos escavados na rocha e bem-preservados faziam parte, no passado, de uma agitada metrópole. Habitada desde a pré-história, Petra, antes da chegada dos nabateus, servia apenas como local de abastecimento de água. Entre os séculos III a. C. e I d.C., os nabateus ergueram uma cidade incrível e a transformaram no centro de um império comercial. Em 106 d.C., Petra for anexada por Roma. O cristianismo chegou no século IV, os islâmicos no século VII e os cruzados no século XII. Depois, Petra ficou esquecida até 1812, quando J.L. Burckhardt a descobriu. Ao longo desta aventura no meio das Pedras e enormes rochas, os estudantes de Ratisbonne entraram na Siq (Antiga Entrada de Petra), que é um desfiladeiro que leva até Petra, é preciso andar 900m pelo amplo vale conhecido como Bab el-Siq. Este prelúdio constitui um bom exemplo da disposição dos nabateus em esculpir monumentos nas encostas das montanhas. Na entrada para o Siq, destacam-se os vestígios de um monumental arco. Trata-se do começo de uma galeria de intrigantes visões do passado dos nabateus, como arquedutos esculpidos na rocha, inscrições, nichos com traços de antigas divindades, pedras de pavimentação e escadarias que não levam a lugar algum. A partir do ponto mais profundo e escuro do Sig, nós tivemos um visual mais notável dos monumentos deste impressionante local: o Tesouro de Petra. Seu nome tem origem no folclore beduíno: diz a lenda que o Khasneh el-Faroun (Tesouro do Faraó) era criação de um grande mago, que escondeu o tesouro numa urna deste edifício. Após passarmos pelos Túmulos Reais, pela Cidade de Petra (Palácios, Templos, Igrejas e etc) e, depois do almoço, nós seguimos a nossa caminhada até um antigo Mosteiro que fica perto de Petra por um caminha que corta o Wadi Musa(deserto). O caminha passa pelo Fórum Restaurante, onde almoçamos, e leva ao começo de uma cansativa, porém compensadora, subida a um dos locais mais belos e preservados de Petra – o Mosteiro. O caminho que corta o wadi tem partes calçadas e é formado por mais de 800 degraus esculpidos na rocha. O Mosteiro é o templo mias colossal de Petra, dedicado ao rei Obodas I, morto em 86 a.C. Embora se pareça com o Tesouro, nunca teve uma decoração tão elaborada, mesmo quando havia estátuas nos nichos. Sua arquitetura simples mas poderosa, que se atribui ao século I d.C., é para muitos a genuína expressão do estilo clássico nabateu. O interior é formado por uma grande câmara com um nicho coroado por um arco. Aqui ficava o altar. O local ficou conhecido como Mosteiro por causa das cruzes esculpidas nas paredes. Um dos estudantes de Teologia da Etiópia (Africa) escalou as rochas até a torre do Mosteiro, que é bastante arriscado subir. 

No dia 23 de Abril saímos da cidade de Aqaba para ir até Betânia (Jn 1,28), um sítio novo do Rio Jordão no lado oriental, jordano, do rio, perto das ruínas de outra igreja bizantina. Muitos eventos importante aconteceram em Betânia, principalmente quando o reinado de Hashemite assegurou as celebrações do mundo do ano 2000, ou seja do Grande Jubileu: por exemplo no dia 6 de Janeiro, líderes de várias igrejas tiveram uma missa com a presença de mais de 30000 crentes no novo sítio descoberto na parte leste do Rio Jordão. Em Betânia perto do Jordão, onde João Batista habitou, pregou e batizou Jesus nos primeiros séculos d.C. (Mt 3,13-17). No dia 21 de março do ano 2000 o Papa João Paulo II celebrou uma missa e abençoou o local no segundo dia da sua visita à Jordânia. 

Acredito que a excursão foi muito interessante porque me ajudou a abrir os horizontes não somente no que diz respeito a História, mas principalmente nos estudos Bíblico-Teológicos que estes locais-históricos nos oferece e nos levam a entender a cultura e a religião de um povo antigo que expressou a espiritualidade através da beleza e da arte. 

 

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