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À ESPERA DO COMENTO À ESTREIA 2011  – VINDE E VEDE

Ponto de vista da Formação: A poucas semanas da apresentação oficial da Estreia do Reitor-Mor para 2011, intitulada “Vinde e vede”, o Conselheiro para a Formação Salesiana, P. Francesco Cereda, responde a algumas perguntas sobre o tema das vocações.

1. Como vê a situação vocacional da nossa Congregação?

No mundo são muitos os jovens atraídos pelo carisma salesiano, especialmente pela figura de Dom Bosco. Eles estão fascinados pela sua espiritualidade eucarística, bíblica e mariana; eles desejam dedicar a própria vida e partilhar a sua missão pelos jovens, especialmente os mais pobres; eles gostam do seu estilo de vida comunitário e familiar, e das suas relações simples e alegres. Como Congregação temos em média 550 noviços por ano: esta é uma grande graça de Deus! A nossa proposta vocacional aos jovens precisa ser maiormente centrada na Vida Consagrada, ou seja sobre o primado de Deus, no amor ao Senhor Jesus e na sua seqüela, na disponibilidade ao Espírito; junto com a missão juvenil, é necessário apresentar e fazer experimentar aos jovens também a vida fraterna vivida em comunidade e a vida vivida segundo os conselhos evangélicos de obediência, pobreza e castidade, que são os traços característicos da vida consagrada salesiana. Há muitos modos de viver o carisma de Dom Bosco, também como leigos; a Vida Consagrada é um deles, à qual Deus continuamente chama jovens. Espero que, através do melhoramento das fases do aspirantado e do pré-noviciado, a Congregação possa melhor acompanhar as vocações que Deus lhe manda.

2. Esta situação é igual em toda a Congregação ou se notam diferenças nos diversos países?

A geografia vocacional da Congregação mudou rapidamente, especialmente nos últimos 30 anos. Depois do lançamento do "Projeto África" nos inícios dos anos 80s e da implantação do carisma de modo mais capilar, contamos nesse continente com perto de 80-90 candidatos à vida consagrada salesiana todos os anos. Trata-se de vocações "africanas" que nos obrigam a preparar equipes de formadores, comunidades de formação, centros de estudo e sobretudo uma metodologia formadora personalizada e enculturada. O mesmo vale para a Ásia onde, ao lado de países de consolidado crescimento vocacional, como a Índia, há países novos, que veem um florescimento de vocações, como o Vietnã, Timor-Leste, Indonésia, Mianmar, Coréia. A situação na Oceânia e especialmente nas ilhas do Pacífico vocacionalmente está nos inícios. Mas notam-se sinais promissores, p. ex., na Samoa. A situação na América é diversificada: ao lado de países que se estão refazendo vocacionalmente, há outros que estão em situação de estacionamento ou estagnação. Quanto à Europa, ela está em dificuldades. Mas podemos contar com uma média que varia entre 50 a 60 noviços por ano. Mudou a geografia das vocações na Congregação e portanto novos equilíbrios culturais se estão formando. É necessário também notar com satisfação que, nos países vocacionalmente mais fecundos, existe o elã de generosidade missionária, rumo a todas as Regiões da Congregação; por isso têm cada vez mais importância as comunidades internacionais e as experiências interculturais.

3. Como poderá a Estreia vocacional do Reitor-Mor ajudar-nos a cuidar maiormente das vocações para a Igreja e para a Família Salesiana?

Deve-se observar antes de tudo que a atenção vocacional dada nos vários grupos da Família Salesiana é geralmente fraca. Encontramos muitos jovens generosos, e disponíveis até. Entretanto somos pouco atentos à proposta e ao acompanhamento, para ajudá-los a viver uma vida cristã apostólica e a descobrir a sua vocação. Esta é uma convicção que me fui criando ao tomar conhecimento das Inspetorias da Congregação e da Família Salesiana. Estamos com freqüência convencidos de que as vocações surgem espontaneamente quando nos nossos grupos e nas nossas comunidades educativo-pastorais há clima sereno, acolhedor e alegre. É isto certamente importante. Mas não basta. O P. Egídio Viganó, VII Sucessor de Dom Bosco, costumava repetir que "sem proposta, não há resposta"; é necessário portanto ter a coragem de fazer a proposta vocacional. Mas é também necessário o acompanhamento pessoal, porque sem um guia espiritual não se consegue amadurecimento vocacional. Com a Estreia deste ano o Reitor-Mor, P. Pascual Chávez, convida não só a nós, salesianos, mas toda a Família Salesiana a termos maior solicitude pelas vocações e a trabalhar não só pelas vocações do próprio grupo mas também pelas dos outros grupos da Família Salesiana e da Igreja.

4. Como Família Salesiana, em quais convicções se deve basear o nosso empenho vocacional?

Antes de qualquer nosso cuidado pastoral das vocações, deve haver em cada um de nós a convicção profunda de que é Deus quem suscita as vocações; que é o Senhor Jesus e o seu Evangelho que atraem e fascinam os jovens; que é Espírito que inspira, que anima e que move. Deus continua por isso a chamar os jovens também nos lugares mais difíceis e secularizados: Deus chama também os jovens europeus, para que sejam apóstolos dos jovens da Europa. Deus não se cansa de chamar e de propor. Somos nós que por vezes nos desalentamos e nos resignamos. A oração deve por isso preceder, acompanhar, seguir cada atividade vocacional. E segundo lugar é o testemunho alegre e fraterno de viver a própria vocação em comunhão com outros irmãos que pode suscitar uma inquietude vocacional e pode ser o início de um caminho vocacional para os jovens. Não são principalmente as palavras mas o testemunho de autênticos discípulos de Jesus e, portanto, de seus apóstolos apaixonados, a exemplo de Dom Bosco, o que cria o clima vocacional. Deus fala através da nossa vida e do nosso testemunho. A proposta vocacional só se torna confiável se existirem testemunhas fidedignas.

5. Especialmente nós, salesianos, educadores e pastores: como podemos ajudar os jovens a discernir e a acompanhar a própria vocação?

Como salesianos temos o Capítulo Geral 26 que nos encoraja e nos aponta empenhos concretos para ajudar os jovens a descobrir a própria vocação. Cada irmão tenha a coragem de fazer a proposta vocacional explícita. A comunidade se empenhe por criar uma cultura vocacional, na qual cada jovem se sinta pensado e chamado por Deus; suscite vocações apostólicas entre os jovens, convidando-os a fazer o bem aos próprios coetâneos; acompanhe aqueles jovens que se questionam a respeito da Vida consagrada salesiana; ajude a descobrir a vocação consagrada salesiana laical. Para o discernimento vocacional é necessário que a comunidade seja aberta e acolhedora; ofereça aos jovens a participação de momentos comunitários; proponha experiências “vem e vê”; inicie e consolide experiências de aspirantado. A Estreia do Reitor-Mor nos ajudará a desenvolver ulteriormente estas indicações.

6. Um maior cuidado pelas vocações redundará também em efeitos positivos para a formação salesiana?

Os formadores da formação inicial estão especialmente atentos e abertos a colaborar para uma válida animação vocacional nas comunidades e nas inspetorias. Hoje os processos de amadurecimento dos jovens são mais lentos; as decisões de vida não podem ser tomadas de improviso; antes, exigem passos graduais, não adiados entretanto. Por isso deveríamos, educativa e formativamente, tecer "o elogio da vagareza". Isto não significa que devamos alongar os caminhos formativos; deveríamos ao invés garantir a continuidade formadora e não haver vazios de proposta nas várias faixas de idade, sobretudo numa cultura da fragmentação e complexidade. Os jovens que perfizeram uma caminhada vocacional não improvisada detêm motivações mais sólidas: levaram a termo um discernimento mais acurado, adquiriram a disponibilidade e as disposições para o acompanhamento. Também os formadores por isso estão à espera do Comento à Estreia do Reitor-Mor; ela nos ajudará também a formar os irmãos à sensibilidade e à capacidade para a animação vocacional.

7. Como poderão colaborar Formação e Pastoral Juvenil na animação vocacional?

No mês de setembro deste ano de 2010 encerramos os encontros das Comissões de Formação e PJ, das oito Regiões da Congregação sobre o terceiro núcleo do CG26 – "Necessidade de convocar". Tratou-se de encontros de partilha e de busca, sobre o modo de concretizar as indicações capitulares. Algumas Regiões já se adiantaram no caminho da reflexão e da experimentação; outras estão apenas começando. Faço votos para que o mesmo espírito de colaboração seja assumido em nível inspetorial pela comissão de formação e pela equipe de pastoral juvenil. O terreno comum de confronto e colaboração é o acompanhamento dos candidatos e a busca de novas e diferentes formas de aspirantado. Mas poder-se-ia também refletir sobre a caminhada de fé dos jovens, sobre o amadurecimento afetivo, sobre a cultura vocacional e os modos de fazer amadurecer as vocações apostólicas, sobre como envolver as famílias nas caminhadas vocacionais e sobre a proposta para os jovens universitários, …. . Parece-me que os formadores estão disponíveis a oferecer a sua experiência e a trabalhar com os jovens e para os jovens.

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