Por Comissão Inspetorial de Comunicação-CIC
Na manhã desta sexta-feira, 02.10, retomamos os trabalhos do Encontro Pan-Amazônico Salesiano – O Sínodo nos interpela!,com um momento de Espiritualidade conduzido pelo padre Justino Sarmento.
Partindo da celebração litúrgica dos fiéis defuntos, padre Justino, convidou os presentes a fazerem memória dos irmãos, irmãs, salesianos, jovens e leigos de nossas presenças que já vivem com Deus.
“Cada dia precisamos fazer morrer em nós o homem velho, a mulher velha, para abraçar o homem novo e mulher nova. Assim estaremos em condição de contribuir com a Igreja, com a Família Salesiana, os novos caminhos da Evangelização”.
Comentando a reflexão proposta pelo documento preparatório do Sínodo sobre espiritualidade e sabedoria, padre Justino, trouxe como tema do benzimento indígena como experiência de Deus e de oração. “Nossos avós da região do Alto Rio Negro- Amazonas, contam que desde o nosso nascimento recebemos a proteção da vida realizada pelo Kumû e Bahsegu. Eles são os agenciadores de forças cósmicas (…) O Kumû á nome as crianças, mantem em equilíbrio e harmonia entre a vida interior e exterior”, completou.
Por isso a necessidade dos benzimentos. Os benzimento protegem as pessoas das hostilidades do mundo dos viventes e do mundo espiritual. Por meio de suplicas de proteção o padre realizou o benzimento de óleo perfumado e tintura que foram usadas nas pessoas ao final da celebração.
“A espiritualidade praticada com os pés na terra oferece a possibilidade de encontrar a alegria e o gosto de conviver com os povos amazônicos. Assim, pode-se valorizar as riquezas culturais nas quais Deus semeou as sementes da Boa-Nova. Devemos ser capazes também de perceber as coisas que estão presentes nas culturas, e que, por serem históricas, necessitam de purificação, e capazes de trabalhar pela conversão individual e comunitária, cultivando o diálogo nos diferentes níveis. A espiritualidade profética e do martírio nos fazem mais comprometidos com a vida dos povos e suas histórias passadas, olhando adiante a partir do tempo presente, com a construção de uma nova história” (n. 85).
Que assim seja!
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