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Em defesa da Vida: Câmara Municipal de Manaus promove debate

O Comitê Amazonense Brasil sem Aborto, que faz parte do Movimento Nacional Brasil sem Aborto, esteve ontem (3/10), no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), para falar do trabalho social realizado contra a descriminalização (legalização) do aborto no Brasil, em particular o Projeto de Lei nº 1135/91 – que prevê a regulamentação do tema. A entidade aproveitou o momento para divulgar a caminhada em defesa da vida, que acontecerá no Centro da cidade, no dia 8 de outubro, Dia Nacional pelo Direito à Vida, e onde também estarão colhendo assinaturas para um abaixo-assinado nacional contra a legalização do aborto – precisa-se de cinco milhões de assinaturas e já foram coletadas mais de dois milhões. O assunto foi debatido na Casa por meio de Tribuna Popular promovida pelo vereador José Ricardo Wendling (PT).

De acordo com a coordenadora do Comitê Amazonense Brasil sem Aborto, Sandra Farias de Moraes, a entidade, em nível local, foi criada no dia 1º de maio deste ano e tem a participação de várias entidades sociais da região. Já em nível nacional, o movimento surgiu no dia 12 de junho de 2006, depois de se criar a Frente Parlamentar em Defesa da Vida, em agosto de 2005. O objetivo de todas as entidades é trabalhar na sociedade brasileira em prol da vida, ou seja, contra qualquer forma de legalização do aborto no País. “Somos da cultura da vida”, declara.


Para o presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos do Amazonas, Pastor Sadi Caldas, que também faz parte do Comitê Amazonense, a preocupação de todos os cidadãos é a ameaça contra a vida. “Na Bíblia Sagrada está escrito que a sociedade deve valorizar a vida. Ainda no ventre, Deus disse que já conhecia o feto. Por isso, ninguém tem o direito de tirar uma vida, mas sim defendê-la”, comenta ele, ressaltando que a sociedade amazonense e a brasileira deve valorizar a vida.



Pe. Antônio de Assis Ribeiro (Bira), Diretor do Colégio Dom Bosco que também faz parte do Comitê Amazonense representando a arquidiocese de Manaus, afirma que a sociedade atual está diante de uma deficitária formação ética (escola); do democratismo, delegar ao povo o poder de decisões; e do materialismo, onde pouco interessa o significado dos fatos e atos. “A democracia para ser justa deve basear-se em valores saudáveis e princípios éticos; para o democratismo, basta a vontade da maioria. Além disso, nem tudo o que é socialmente aceito é justo e válido. Estamos num momento de crises no cenário brasileiro, na política estamos experimentando o fenômeno da síndrome de paternidade legal, ou seja, muitos políticos querem ser “pais de leis” a todo custo e, às vezes, quanto mais polêmicas causarem melhor. Pouco se questionam sobre a legitimidade de suas proposições. O projeto de lei sobre a descriminalização do aborto deve ser objeto de profunda análise crítica social (povo) e interdisciplinar (ciências), caso contrário, sem discernimento justo tudo poderá ser aprovado”.



Segundo o vereador José Ricardo Wendling (PT), que é contra o aborto por questões pessoais e religiosas, é preciso defender a vida. “A Constituição Brasileira já falava nesse respeito. Ninguém tem o direito de tirar a própria vida ou a vida de inocentes. As crianças têm o direito de nascer e de viver em sociedade”, afirma ele, citando estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS) que revela que 31% das gestações terminaram em aborto, principalmente na faixa-etária entre 15 e 49 anos.



Mas o parlamentar levanta uma reflexão: Por que as jovens (maiores causadoras de aborto) abortam? “Será que faltam mais diálogo na família, mais apoio da sociedade, mais políticas públicas e informações sobre o assunto?”, questiona-se ele, informando que a Câmara Municipal pode realizar outro debate sobre o tema, em virtude da sua complexidade. O aborto clandestino é a terceira atividade ilegal do País, perdendo apenas para as drogas e para as armas.



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