Na última quarta-feira, a Faculdade Salesiana Dom Bosco realizou o VIII Simpósio Interdisciplar sobre os Povos Indigenas, com o tema: Educação e Cultura dos Povos Indígenas da Amazônia.
Momento marcante do simpósio foi a participação da jovem Diuena Tikuna, que cantou o inicio nacional em sua língua materna, emocionando a todos os presentes. O antropólo Rivelino, do povo Tukano, também apresentou uma canção em uma língua especial, recitada apenas em momentos sagrados, segundo a explicação do próprio cantor.
Após as apresentações artísticas, deu-se inicio à mesa temática, que contou com a participação de diversos profissionais que trabalham a questão da educação escolar indígena no Amazonas. O mesa temática foi mediada pelo Prof. Dr. Pe. Ricardo Castro.
Os colaboradores da mesa temática foram:
– a professora Jonise Nunes Santos, representante da Secretária de Educação do Munícipio de Manaus e gerente da Educação Escolar Indígena. Em sua contribuição ela ressaltou as políticas públicas que pouco a pouco vão sendo implantadas, visando a uma melhoria do serviço especializado da educação escolar indígena no munícipío de Manaus. Entre os objetivos destacados pela professora Jonise Nunes, está o de fortalecer a identidade cultural dos povos indígenas, de modo especial, no exercício constante da língua materna, que está cada vez mais se perdendo nas novas gerações;
– o professor indígena da comunidade do Bayaroá, Silvio Sanchez, que partilhou a sua experiência ocmo professor em uma comunidade específica. Silvio ressaltou que o maior desafio da educação indígena está nas famílias, que estão perdendo a força de sua identidade cultural. O Centro Cultural, espaço onde as famílias se reúnem, conversam, partilham das dificuldades da comunidade, é, segundo ele, aCasa da Vida, o centro de onde se pode recuperar aos poucos o orgulho do próprio indíviduo de ser indígena;
– o padre Justino Sarmento, SDB; que ressaltou que a educação tem como objetivo ajudarnos a sermos mais pessoas e mais conscientes de si. Educar significa cuidar da vida e diante dos muitos desafios que os educadores indigenas encontram, não podem esquecem que cuidam da vida, e, por isso, não podem desistir. O padre Justino defendeu ainda que “cada povo sabe cuidar de seus filhos” e que, por isso, a escola indigena, deve atender à cultura própria de cada povo;
– o senhor Francisco Löebens, coordenador do Conselho Missionário Indigenista- Norte I (CIMI), defendeu que a educação escolar é um complemento da educação própria de cada povo e que, na atual configuração, este modelo de educação escolar não pretender fortalecer em nada sua identidade cultural, mas apenas enquadrá-los no mercado.
O Simpósio foi muito bem avaliado por professores e alunos da Faculdade Salesiana Dom Bosco e demais convidados que vieram prestigiar o evento. A reflexão aprofundada da realidade indigena nos ajuda a sermos homens e mulheres comprometidos com a dignidade do povo.
Augusto Rodrigues
Comissão Inspetorial de Comunicação[nggallery id=100]
3 comentários em “Educação Indígena em pauta”
AS ATIVIDADES DA FACULDADE SALESIANA DOM BOSCO,DEVERIA DIVULGAR MAIS ESSAS ATIVIDADES,EU SOU ALUNA DE PÓS E COMO FAÇO SOMENTE SEGUNDA E TERÇA NÃO ESTAVA SABENDO.EXISTE UM TWITTER ONDE VÁRIS EX E ATUAIS ALUNOS UTILIZAM,MAS A FACULDADE NÃO DIVULGA NADA POR LÁ ATÉ MESMO OS VESTIBULARES QUA HÁ!PESSO PARA QUE COLOQUEM ALGUÉM PRA FICAR DIVULGANDO AS ATIVIDADES BONITAS QUE A FACULDADE FAZ.OBRIGADA.
Bárbara,
obrigado por seu comentário. Vamos encaminhá-lo para a ouvidoria da Faculdade e para o pessoal da Comunicação para vermos se há algum problema na divulgação dos eventos. Sempre com Dom Bosco!
Deveria ser maisb divulgado os eventos da faculdade,tem twitter mais ninguém utiliza.Muita gente não sabia do evento nem mesmo eu que faço pós.#triste