Fiquei muito feliz quando li a noticia de que na EST foi realizada uma iniciativa de ressurgir a AJS, na obra e na área de Belém. Quem bom!
A AJS é um projeto de associacionismo assumido pelos salesianos no mundo, sobretudo na Europa e no Brasil nos últimos dez ou vinte anos. Na ISMA, desde 1997, estamos tentando levantar a bandeira, dando a PJ um novo rosto, sem criar paralelismos, mas completando com a diversidade de habilidades juvenis uma forma de evangelização que eduque na fé.
Hoje falamos em retornar a Dom “Dá-me almas”. É um desafio imenso. Dom Bosco criou no ambiente do oratório o associacionismo com as chamadas companhias. Foi um momento de grande empenho pastoral e social entre os jovens. Em nossos dias, a juventude corre o perigo de estagnar nos guetos dos bairros pobres, sem sonhos, sem projetos de vida, sem alternativas, sem emprego e sem vida.
A AJS é um modelo, não responde a tudo, mas cria espaço de iniciativas: teatro, música, esporte, arte, dança, etc. São formas de humanizar e socializar os jovens no pluralismo de suas identidades. É uma pena que depois de 2002, com a realização do 1o. Fórum da Juventude Salesiana do Norte do Brasil, a proposta não recebeu o incentivo e a força de muitos salesianos.
O Pará dá sinais de vida. Retornar a experiência da AJS é resgatar o valor que damos aos jovens em si. A grande questão é que isto exige tempo, pessoas dedicadas, investimento financeiro.
Sei que em Rondônia existe ainda uma boa presença da AJS, seja no Centro do Menor seja no Colégio Dom Bosco. Em Manaus não temos nada significativo. É preciso acreditar neste modelo. No horizonte temos o encontro nacional da AJS de 2008. Oxalá até lá tenhamos uma articulação real para apresentar como proposta ao Brasil salesiano. Vamos todos trabalhar para isto.