A violência é uma constante em todos os recônditos da sociedade, e ninguém está imune a ação dela. Muito triste nos colocamos quando vemos a incidência cada vez maior em nossa cidade, outrora pacata, de jovens em ações isolada ou grupal de criminalidade.
Participando de um seminário sobre medidas sócio-educativas estes dias ouvi da renomada Juiza da 24ª Vara, Dra Jacira Rabelo, que:” em 2001 quando iniciou sua então gestão do juizado em Belém, o perfil das infrações praticadas por adolescentes e jovens era o de puxar o cordão e sair correndo (…), hoje, eles assaltam a mão armada, estrupam e quando não, matam!”. Segundo um levantamento que está sendo elaborado em 2001 o total da infrações chegavam a 2.100, nestes últimos anos chegam a um total preocupante de 14.965 casos. O que estamos fazendo com a nossa juventude?
É nosso dever como cidadãos conscientes atuar de maneira preventiva, para que ações educativas possam ser viabilizadas àqueles que ainda não chegaram a vivenciar experiências danosas às suas vidas e vida dos seus semelhantes.
Como membro da família salesiana, coordenadora do grupo da Associação damas salesianas na área do Pará, colaboramos, para que seja difundido em nossa sociedade a consciência de ações de preventividade. Alguns dos jovens que atendemos na Comunidade Carlos Marighela no Aurá, aos 12 anos já teve acesso a uma arma.
Nós educadores salesianos e responsáveis pela propagação do Carisma de Dom Bosco para sociedade de hoje, não podemos nos acomodar ante a lenta e gradual letargia que nos faz pensar que situações de violência só acontece com os outros.
Façamos o bem, hoje, e promovamos essa juventude para esse bem, do contrário, talvez não nós, mas as pessoas a quem amamos e estimamos sofrerão as consequências de nossa acomodação.
Temos mais futuro que passado! Uma boa semana a todos e alegrem-se com as fotos de nossas crianças e adolescentes do Aurá.