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Congressso Internacional Dom Rua I

Roma/Itália – Dom Rua dizia que “nós temos que trazer sempre a marca de Jesus nos afetos, nos pensamentos, nas palavras e nas obras; afetos e pensamentos, repletos do amor de Deus e da caridade pelo próximo; obras pela maior glória de Deus” (A II 666). Hoje (28/10) deu-se início com grande solenidade o 5° Congresso Internacional de História da Obra Salesiana, promovido pelo Instituto Histórico Salesiano, que escolheu como tema: Dom Miguel Rua, primeiro sucessor de Dom Bosco.

Neste primeiro dia, após as devidas apresentações das autoridades presentes, se iniciou a reflexão sobre Dom Rua com uma sequência de palestras que tentaram abordar dois problemas: o primeiro em relação à originalidade da figura de Dom Rua em relação a Dom Bosco; o segundo foi o de apresentar as duas biografias representativas sobre o beato, a primeira escrita por G. B. Francesia em 1911 e a mais recente escrita por F. Desramaut neste ano.

Francesia é um dos primeiros salesianos da história da nossa Congregação, ele foi professor de Domingos Sávio e formado em Letras Clássicas foi responsabilizado pela parte pedagógica do Oratório, mantendo uma amizade próxima com o jovem Miguel Rua. Esta proximidade deu a ele a autoridade necessaria para escrever a primeira biografia depois da sua morte. A qual, justamente por manifestar um tom amigavel, teve um grande sucesso de aceitação entre os salesianos. Tanto que somente depois da morte de Francesia é que surgiram outras biografias. Mas, é justamente neste ponto que podemos encontrar o valor deste texto, pois mais do que um trabalho científico é o documento de um testemunho ocular que conheceu de perto, por toda a vida, o beato Rua e pelo fato de que o sucesso obitido era por ser um texto aprovado e aplaudido por pessoas que também tinham conhecido Dom Rua.
Na imagem di Dom Miguel Rua que Francesia apresenta, prevalece a representação de uma pessoa que conseguiu ser em tudo o primeiro. Com isso, parece, que o escritor justifique o fato de surgir o primeiro suscessor de Dom Bosco: não tinha alguém mais digno dele entre os primeiros discipulos do Fundador. Uma outra imagem é esta: Rua mesmo conseguiu conquistar Dom Bosco que se sentia orgulhoso de ter um tal discipulo. A imagem de Dom Rua como Reitor Mor é aquela de um homem dedicado ao serviço total do carisma de Dom Bosco. Viver para Dom Rua era gastar todas as energias para o consolidamento e a difusão mundial da obra do amado pai, porque era uma obra providencial em favor dos jovens e por trazer tanta glória à Deus.

Já Desramaut aproveitando das reflexões atuais apresenta uma síntese mais completa sobre a figura de Dom Rua, a qual parte do principio de que o ambiente teve a sua importancia no amadurecimento desta personalidade tão rica. Antes de tudo, mais do que o gesto simbólico do “Faremos tudo a metade”, apresenta a importancia da presença de Dom Bosco confessor na escola onde o Miguelzinho Rua estudava, esta é uma das bases na qual podemos afirmar como Dom Bosco encontrando um jovem com boas qualidades e formação consegue aperfeiçoar e alargar o seu caminho de crescimento pessoal e espiritual. Assim, a personalidade de Dom Rua deve muito aos Irmãos das escolas Católicas que deram a base da sua formação pessoal e ao ambiente do Oratório que o ajudou a desenvolver suas capacidades. Levando-o àquela generosidade e dedicação à Dom Bosco durante toda a sua vida e depois da sua morte como Reitor Mor. Forjando aquela robusta personalidade humana e espiritual que conhecemos hoje, onde pode ser evidenciada a virtude da Prudência, da Temperança e da Pobreza, todas vividas em função de uma Caridade ardente que lhe queimava no coração.

O modo tão diferente de perceber a santidade de Dom Rua em relação à santidade de Dom Bosco nos autoriza a afirmar que ele não foi uma “cópia” do Fundador, mas viveu um projeto de santidade original e personalizado. Pois, quando se fala de “fiel discipulo” não se deve aceitar esta conotação de sombra de Dom Bosco, mas se deve preferir a expressão adotada pelo Reitor Mor na sua carta de 24 de junho de 2009, com a qual ele dedica um ano à memoria do beato Miguel Rua no primeiro Centenário da sua morte: nesta dom Chavez fala de Dom Rua como um “discípulo fiel de Cristo nos passos de Dom Bosco”.

Na realidade, mais do que uma simples “cópia” do Fundador, o primeiro sucessor de Dom Bosco aparece, mesmo na vida espiritual e no caminho da santidade salesiana, como aquele que “fez da fonte uma correnteza e um rio”. Conservando intacta a própria personalidade, que era bem diferente daquela de Dom Bosco, ele aprofundou e sistematizou em um projeto pessoal de vida o caminho de perfeição de São Joao Bosco percorrendo uma estrada própria e original. Por isso o beato Miguel Rua apresenta em si mesmo as melhores chaves interpretativas para entender em profundidade o modelo de santidade realizado por Dom Bosco.

Concluimos o dia com a abertura oficial da Mostra: “Dom Miguel Rua um ‘outro’ Dom Bosco”; e com a visualização do DVD: “Dom Rua: o Sucessor”. Amanhã continuaremos os trabalhos enfrentando o problema da separação juridica entre a Congregação Salesiana e o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, juntamente com a grande expanção missionária concretizada neste periodo.

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