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CONGRESSO INTERNACIONAL: “SISTEMA PREVENTIVO E DIREITOS HUMANOS” – III DIA

O terceiro dia do Congresso teve como tarefa provocar os congressistas para uma releitura dos Direitos Humanos à luz do Sistema Preventivo. Iniciaram os trabalhos pela manhã com a apresentação de um documentário em vídeos sobre um trabalho educativo para os Direitos Humanos desenvolvido pela Inspetoria da República Dominicana (Antilhas). Em seguida, Giovanni Flyck, ex-aluno Salesiano de Sampierdarena e juiz Presidente da Corte Constitucional Italiana (instituição que controla as leis para que estejam de acordo com a Constituição italiana), deu seu testemunho de vida na promoção dos direitos humano militando na área do direito. Disse que “temos necessidade de estudiosos, de reflexão, contudo, é imprescindível que haja pessoas que façam concretamente a experiência da promoção, tutela e defesa dos direitos humanos”.

Ainda insistindo sobre a práxis da promoção dos DH, afirmou que “não basta refletirmos sobre os direitos humanos para dizermos que somos cidadãos. Para entendermos a grandeza desses direitos é necessário colocarmo-nos na perspectiva da Caridade. Pois o amor é concreto”. Refletindo sobre os direitos humanos e contextos sócio-culturais enfatizou “a necessidade de defendermos a indivisibilidade e a universalidade dos direitos humanos, pois em muitas situações, os condicionamentos sócio-culturais ou políticos forjam estratégias que tentam justificar os mais variados crimes contra a dignidade humana”.

O senhor Vernon Muñoz, da Costa Rica, relator especial de ONU sobre o Direito à Educação, abordou o tema “Um mundo que abraça outros mundos”. Esse mundo é precisamente aquele da Educação que tem inevitáveis e complexas conseqüências. Disse que “na vida tudo está conectado, tudo está em interdependência, tudo em relação”. O Direito à educação é um “direito vivente”; diz respeito ao fato de que a humanidade é aprendiz; o direito à educação (aprendizagem, como diz a Carta Magna dos direitos humanos) é aquele direito que mais está relacionado à vida porque trata da identidade da pessoa, da sua auto-compreensão, da sua auto-afirmação como sujeito humano. Da promoção do direito à educação depende a ecologia, a política, a economia, o desenvolvimento humano, enfim, a defesa da dignidade humana! Por isso a Educação deve enfrentar duros desafios do mundo capitalista que concebe a educação como um instrumento estratégico de promoção do consumo. “A sociedade consumista vê a educação como um objeto mercadológico, como um mero serviço e não, acima de tudo, como um Direito a ser respeitado”. Concluindo sua clara abordagem elencou vários problemas que a defesa do Direito à educação deve sempre enfrentar no mundo: o trabalho infantil, a pobreza, as obrigações dos governos (que devem assegurar qualidade através e propostas de processos educativos que promovam a pessoa humana integralmente…) etc.

Para finalizar as reflexões do dia o Padre Pascual Chaves, expôs o tema “Missão Salesiana e Direitos Humanos”. Iniciou sua reflexão citando as palavras do papa Bento VI no dia primeiro de janeiro de 2009. “A dignidade de cada pessoa só será verdadeiramente garantida se todos os direitos fundamentais da pessoa humana forem reconhecidos, amparados e promovidos”. Convidou os participantes da assembléia a refletirem sobre diversos desafios que massacram a dignidade das crianças e adolescentes em nossos dias em vários lugares do mundo: pobreza extrema, a falta de educação, o trabalho infantil, a exploração sexual, o turismo sexual, a cultura materialista que gera o consumismo, drogadição, a experiência do vazio… Tudo isso constitui uma realidade a ser enfrentada pela educação capaz de promover a dignidade humana. O Sistema Preventivo é uma resposta atual e que “constitui um verdadeiro tesouro que a Família Salesiana pode oferecer aos jovens”.

Dom Bosco, sensível ao contexto juvenil do seu tempo deu suas respostas através da formação para a cidadania, trabalhando em forma de rede envolvendo outras pessoas, promovendo o protagonismo dos jovens. Em seu discurso o padre Pasqual Chaves apontou alguns elementos do sistema preventivo a serem continuamente aprofundados em nome do “critério oratoriano”:
– a centralidade e protagonismo dos jovens, sobretudo dos mais pobres;
– o trabalho na perspectiva da formação de uma cultura da preventividade;
– a necessidade da experiência pedagógica comunitária, em clima de família e onde se vivencia os valores humanos;
– o projeto educativo pastoral integral que abrace a totalidade das dimensões da vida do jovens;
– a visão cristã da pessoa humana e da vida que ressaltam os valores do otimismo, da alegria, esperança;
– a projeção social da ação educativa capaz de causar mudanças positivas e gerar uma nova cultura;
– a promoção da cultura dos direitos humanos.

Concluindo sua palestra, apresentou duas exigências a serem enfrentadas para que se possa promover a cultura dos direitos humanos: a releitura salesiana dos direitos humanos e uma renovada opção pelas relações comunitárias.

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