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CI-2007: REFLEXÕES À LUZ DA FÉ

Foi uma feliz coincidência o fato do CI-2007 ter sido realizado dias após a Solenidade de Pentecostes; haja vista que, fomos convidados pelo Pe. Pascual Chávez, Reitor Mor, a olharmos para o acontecimento do CG-26 como um novo Pentecostes na vida da Congregação. Já no primeiro informativo em preparação às mini-assembléias, reforçamos a idéia de que o Capítulo Inspetorial deveria ser vislumbrado como um novo Pentecostes para vida da ISMA. Agora, após termos percorrido o caminho e passados alguns dias da realização do CI-2007, partilho com liberdade e espírito fraterno algumas reflexões, à luz da fé, sobre os seguintes pontos: 1. “ Uma comunidade de batizados (…), dóceis à voz do Espírito…” (C2); . 2. A caminhada pré-capitular; 3. O Capítulo Inspetorial – 2007; 4. O caminho pós-capitular; 5. Conclusão.



1.“Uma comunidade de batizados (…), dóceis à voz do Espírito…” (C2)


Quando nos reunimos para realizar as nossas assembléias por áreas e o CI-2007, sempre o fizemos em comunidade, motivados pela fé; ou seja, nos reunimos motivados pela força da nossa consagração batismal, que de certa forma é o elemento catalisador da resposta ao seguimento de Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus, segundo o estilo de Dom Bosco. É de fundamental importância ressaltarmos o aspecto comunitário das nossas assembléias, dado que para nós salesianos a comunidade “é exigência fundamental e caminho seguro para realização da nossa vocação”(C 49). Além disso, é na comunidade que se dá à experiência por excelência da ação do Espírito Santo de Deus, desde que haja, por parte de seus membros docilidade a Ele.
As experiências e narrações contidas no Novo Testamento sobre ações do Espírito Santo dizem respeito, sobretudo, às experiências comunitárias e cotidianas. O Espírito Santo age e atua de forma extraordinária nas ações ordinárias e comuns da vida humana. O extraordinário do Espírito de Deus se esconde e se revela no ordinário e cotidiano da vida humana.1
Considerando este princípio da ação do Espírito Santo, podemos afirmar que, quer sejam nas mini-assembléias ou no Capítulo Inspetorial não obstante as dificuldades e limitações pessoais e comunitárias, o Espírito Santo de Deus agiu em cada um de nós na cotidianidade da nossa vida, em nosso falar, rezar, caminhar, viajar, orientar, cantar, criticar, decidir, crescer, alegra-se, anunciar, servir etc. Neste sentido, vale a pena lembrar aqui a peculiaridade da espiritualidade juvenil salesiana, da qual somos todos portadores e que se caracteriza, segundo o CG23, por ser espiritualidade do cotidiano, da alegria e do otimismo, da amizade com o Senhor Jesus, de comunhão eclesial e do serviço responsável.
Outro aspecto que não podemos esquecer é que todas essas experiências foram para todos nós momentos intensivos de formação permanente.
Que Dom Bosco continue sendo para nós, modelo de homem dócil ao Espírito de Deus.



2.A Caminhada Pré-capitular



Um dos fatores determinantes para o bom êxito do CI-2007 foi o empenho e o envolvimento dos Salesianos nos trabalhos pré-capitulares a nível pessoal e comunitário; mas, sobretudo a adesão e a participação efetiva e afetiva nas mini-assembléias; o índice de ausentes foi baixíssimo; embora compreendamos os motivos das ausências de alguns irmãos, mesmo assim, lamentamos.
O documento de trabalho sobre os núcleos temáticos e a revisão do PEPSI que chegou previamente às mãos dos irmãos capitulares, foi o resultado de um trabalho coletivo e dedicado de todos que participaram das mini-assembléias, cada um, dentro das suas possibilidades, procurou dar a sua contribuição sincera.
As mini-assembléias foram também momentos de formação permanente, encontros de irmãos, lugar de fraternidade e de informações sobre a vida da Inspetoria.
Por isso, agradecemos aos irmãos que participaram das mini-assembléias nas diversas áreas e não estiveram presentes no CI-2007. Na Área do Pará: P. Amiraldo, P. Luciano, P. Alberto, Ir. Matias, S. Marcelo e o S. Ronyvon; Na Área de Manaus: P. Edmundo, S. Antônio Enivaldo, S. Lázaro, P. Bruno, S. Gilson, S. Adail, S. Edinelto, S. Giordano, S. Rogério, Ir. Steyve, Ir. Assis, Ir. Rafael, S. José Luis, S. Wilson, S. Dagoberto, S. Valdir, S. Isley, P. Jefferson, P. José Dalla Valle, Pe. Argentino e o P. kazys. Na Área do Rio Negro: P. Jesus, S. Gaudêncio, S. Indalécio, P. Luís Laudato, S. Sandoval, Ir. Evandro, P. Norberto e o Ir. Victor. Na Área do Aroma: P. Miguel, P. Mário, P. Moisés, P. Tiago, P. Sérgio, Ir. Sebastião e o Ir. Raimundo. Agradecemos também, as preces dos irmãos enfermos: P. Afonso, P. Francisco Laudato, Ir. Jarbas, P. Genésio, P. Bento.



3.O Capitulo Inspetorial – 2007



O acontecimento do CI-2007 foi uma experiência do Espírito Santo de Deus segundo o critério já acenado acima no primeiro ponto desta reflexão. Isto se deve ao fato de que a assembléia capitular foi composta por pessoas que professaram a sua docilidade ao Espírito Santo de Deus; abraçaram a causa de do Reino e decidiram seguir Jesus nas trilhas de São João Bosco. Dito de outro modo, estávamos reunidos na fé e pela fé que nos une e nos faz irmãos. Evidentemente, esse estado de espírito, movido pela fé, se manifesta em cada um, com suas nuances peculiares, que por sua vez, é fruto da trajetória interior e do grau de intimidade, de adesão e da preponderância do primado Deus na sua vida religiosa. O fato extraordinário do Espírito, neste caso, conscientes ou não totalmente conscientes, esteve na abertura pessoal de cada um para Deus. Criou-se também um clima de fraternidade e descontração que possibilitou a boa participação e o esforço de acertar, de colaborar, de construir e de semear esperança.
É provável que não dissemos tudo o que queríamos dizer; nem escrevemos tudo o que queríamos escrever e tão pouco abordamos, com certa propriedade, todas as questões que permearam as nossas mentes naquele momento; porém, estamos convencidos de que, tudo o que pensamos, falamos e escrevemos naqueles dias que estavam intrinsecamente relacionados ao nosso ideal de fidelidade a Deus e a Dom Bosco, não foi em vão; pois o Capítulo Inspetorial tinha por finalidade primeira sacudir e incomodar o salesiano; sacudi-lo a fim de que despertasse o coração para o projeto apostólico de Dom Bosco o “Da mihi animas, cetera tolle”; incomodá-lo para desencadear um processo de abertura ao Espírito Santo, que conseqüentemente desembocasse num processo continuo de conversão e formação permanente; é provável que ninguém tenha saído do CI-2007 da mesma forma como entrou algo deve ter lhe tocado, animado e chamado atenção no que concerne ao ser salesiano.
Com relação ao andamento dos trabalhos capitulares, penso que poderíamos ter avançado um pouco mais, sem desmerecer ou desqualificar o trabalho honroso e honesto das Comissões, nos núcleos temáticos sobre a pobreza evangélica e as novas fronteiras; as comissões, evidentemente trabalharam a partir do documento de trabalho e tão pouco as contribuições do documento foram insignificantes; e de forma alguma os que trabalharam nessas comissões foram negligentes ou preguiçosos. Devemos analisar esta questão à luz do critério do retorno a Dom Bosco; o “Da mihi animas” deve ser o critério norteador. É mister ler nas entrelinhas desse fato, dos núcleos citados acima, às evidencias da nossa fragilidade no que concerne à pobreza evangélica e ao desafio das novas fronteiras. Visto sob esta perspectiva, não há culpados; mas sim, um convite a retornar mais a Dom Bosco nestes aspectos que apontamos como limites. Neste sentido, é iluminada e serve-nos de bússola para o aprofundamento a reflexão do Reitor Mor sobre esses dois núcleos temáticos:
“Pobreza evangélica (…) Não há nada de mais contraditório e incoerente, do que fazer a profissão de doação total da nossa pessoa através dos conselhos evangélicos e, depois, viver reservando-nos energias e capacidades, vivendo a missão em tempo parcial, cedendo à sedução do aburguesamento, vivendo uma espécie de aposentadoria vocacional durante a velhice, ficando indiferentes ao drama da pobreza em que se debatem milhões de pessoas no mundo… Nós Salesianos testemunhamos a pobreza com o trabalho incansável e a temperança, mas também com a austeridade, a simplicidade e a essencialidade da vida, a partilha e a solidariedade, a gestão responsável dos recursos (…) Novas fronteiras: A imagem de Dom Bosco que percorre as ruas de Turim para buscar os jovens mais pobres não é mera história. É, para nós, um imperativo e uma forma natural de agir. A ascese do sistema preventivo exige ir até aos jovens mais necessitados e estarmos lá onde eles estão. Ocorre individualizar, pessoal e institucionalmente, aquilo que a sua realidade não nos deixa ver ou, embora vendo, não nos permitimos reagir com a mente e o coração de Dom Bosco. (…) Falar de novas fronteiras, em relação aos diversos contextos nos quais realizamos a missão salesiana, pode significar estarmos atentos à imigração, à exclusão social, à discriminação, à exploração sexual, ao trabalho infantil, à falta de sentido religioso (…)” 2
Lendo esses tópicos da Carta de Convocação, percebemos o quanto, todos, precisamos de conversão interior e de retornar a Dom Bosco pobre de espírito e pastor incansável dos jovens.
Finalizando esse ponto, quero reiterar os votos de agradecimento a todos os salesianos que estiveram participando do CI-2007 e desempenharam funções e serviços durante a Assembléia Capitular: Presidente: O Pe. Damásio; os moderadores: Pe. José Raimundo e o Pe. Justino; o secretário geral Pe. Carlos Josué; os escrutinadores: Pe. Antônio de Assis Ribeiro e o Pe. João Sucarrats; o cronomestrista: Pe. Filipe; os coordenadores das comissões: Pe. Antônio de Assis, Pe. José Maria, Pe. Filipe, Pe. Humberto, Pe. José Reginaldo; os secretários das comissões: Pe. João Mendonça, Pe. Alzimar, Pe. João Batista, Pe. Gennaro e o Pe. François; os cronometristas das comissões: Pe. Francisco Alves, Pe. Justino, Pe. Ângelo, Pe. Manoel e o Pe. Sadeck; a equipe de celebração: Pe. Francisco Alves, Pe. Antonio Carlos, Pe. Manoel de Jesus e os Pós-noviços: Carlos Eduardo e João Rivelino; os serviços de comunicação e animação coordenados pelo Pe. François; a equipe de logística: Pe. Benjamim Morando e seus colaboradores, Pe. Benedito Gualberto; o apoio do assistente Enivaldo; ao Pe. José Maria pelas preces no refeitório; as fotografias sob a responsabilidade habilidosa do Pe. Gennaro e aos demais delegados: Pe. Cânio Grimaldi, Pe. Augusto, Pe. Alberto Rypel; Pe. Pádua, Pe. Bento, Pe. José Ronaipe, Pe. Marcelo, Pe. Victor, Pe. Ir. Uggenti, Pe. José Benedito, Ir. Antonio, S. Paulo Roberto, Ir. José Gulli e a Dom Walter. Acompanhamos a justificável ausência do Pe. Amiraldo e nos unimos a ele por meio da prece.



4.O Caminho Pós-capitular



O CI-2007 foi os primeiros passos de uma longa caminhada. Ele foi para nós um novo Pentecostes; mas não podemos esquecer que o Espírito age de forma extraordinária no ordinário do cotidiano humano.
As conclusões do CI-2007 são ao mesmo tempo contribuições da Inspetoria ao CG26 e deliberações capitulares para Inspetoria. Isso significa, em última instância, que devemos otimizá-las na cotidianidade da vida Inspetorial. As linhas de ações dos diversos núcleos temáticos poderiam ser situadas dentro do POI (Projeto Orgânico Inspetorial), e viabilizadas nos projetos e respectivos programas de animação da vida inspetorial; mas isso é um trabalho que o Pe. Inspetor, no momento oportuno, dará as coordenadas, indicará os prazos e os respectivos responsáveis. O importante é ter presente que as esperanças, os sonhos e as linhas de ações do CI-2007, não ficarão inoperáveis. Neste sentido, somos todos responsáveis e, o primeiro passo para que isso não aconteça é a nossa adesão, à luz da fé, às conclusões do CI2007 e do CG26.



5.Conclusões



No primeiro informativo em preparação ao CI-2007, afirmei que, ao receber a incumbência de ser Regulador do CI, para mim constituía uma tarefa nova e desafiadora, mas que, porém, assumiria na fé, embora não ignorasse o temor e tremor advindo da mesma. Passada esta experiência, faço um balanço muito positivo e agradeço a Deus pelo êxito dos trabalhos e pela adesão, simpatia e receptividade de todos os salesianos.
Como no inicio dos trabalhos termino, agradecendo, ao voto de confiança do Pe. Damásio Medeiros, Inspetor, e do seu Conselho que me confiou essa missão e aos membros da equipe preparatória: Pe. Francisco Alves de Lima – Vice-Inspetor, Pe. Cânio Grimaldi, Pe. François Harb, Pe. Antônio de Assis Ribeiro, Ir. José Gulli, Pe. Benjamim Morando, ambos companheiros de caminhada no Conselho Inspetorial, e ao Pe. José Raimundo, Coordenador de Pastoral da ISMA. A todos muito obrigado!



Atenciosamente,



Pe. João Benedito da Cunha Alves – Regulador do CI-2007



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