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CG26: VISITADORIA DA ANGOLA

Nesta noite vos convido a dar uma rápida espiadela por sobre a Angola salesiana, na África. ‘Dom Bosco em Angola’ já chegou até vós, a cada uma da vossas inspetorias, quando ultimamente recebestes dois DVDs: um, intitulado, ‘Angola, terra jovem’, e outro, a visita do Reitor-Mor em 2006 para os 25 Anos de Presença Salesiana. Espero que tenhais gostado da sua visão; e se ainda não o fizestes, procurai o DVD no vosso escritório e apreciai fazer uma breve e simpática visita a Angola. Digo simpática sobretudo porque, entre outras coisas vereis o P. Pascual jogar basquete conosco; foi um momento programado da visita: um jogo entre salesianos e aspirantes.

É claro que os SDBs VENCEEEÊMOS!

Os aspirantes angolanos – mui malandros… – dizem: “Coitadinho do Reitor-Mor! Deixamos ganhar…!”

O P. Chávez foi o quarto Reitor-Mor a visitar Angola: em 1991, o P. Viganó; em ’98, o P. Vecchi; em 2006, o P. Pascual. Entretanto, soubemos ultimamente que também o P. Rícceri, nos anos 70s, antes da ida dos salesianos, parou em Luanda alguns dias. Junto com o P. Mélida, então Conselheiro para as missões, e com o P. Júlio Pinho, Inspetor de Portugal, de viagem para Moçambique, foram hospedados, em 1972, por um ex-aluno português que, no tempo de colônia, morava em Luanda. Antes ainda, o primeiro grupo da Família Salesiana a estar presente em Angola foi o dos Ex-alunos, com um centro muito bem organizado. Pudemos ver toda uma rica troca de correspondência desses ex-alunos que suplicavam ao Reitor-Mor uma presença de Salesianos em Angola.

Andando um pouco mais para trás, sabemos como no texto de Auffray sobre Dom Bosco, o nosso querido Pai, nos seus sonhos missionários feitos de olhos abertos sobre o planisfério, fala de Angola: e mais especificamente, de Benguela – hoje florescente presença salesiana no sul do País. Como vedes, a Divina Providência foi preparando o terreno para a presença de Dom Bosco nesse país da África, e, creio que continua a guiá-la e a consolidá-la.

Tendo a graça de presidir esta jovem e desafiante presença missionária salesiana, me pergunto:- Que é que a faz manter-se viva e fecunda, e a faz crescer? Tentarei responder resumidamente:

1. A presença salesiana em Angola é fruto da generosidade missionária de muitas inspetorias, especialmente da então Região da Bacia do Prata. Essas inspetorias, como tantas outras, envolvidas na realização do Projeto África, contribuíram generosamente apesar da sua pobreza e escassez de pessoal. Emblemático para Angola foram os envios missionários de 1991 e 1992. No dia 4 de janeiro de 1991, no meio das penúrias do comunismo e de uma guerra que durou 41 anos, era assassinado o nosso irmão P. Marcos Aurélio Fonseca, originário da Costa Rica. Os salesianos em Angola eram naquele tempo 17. Havia em tudo uma grande fragilidade. O P. Viganó escreveu imediatamente uma carta às Inspetorias sul-americanas responsáveis por Angola, dizendo que não eram tempos para suspiros e lamentos: “Cada inspetoria – neste caso, 13 – envie imediatamente um salesiano a mais para o lugar do P. Marcos Aurélio”. Creio que seja essa lógica evangélica que esteja na base do dinamismo que hoje caracteriza a Angola salesiana. E assim, como fruto do nosso jubileu, 25 anos de presença salesiana em Angola, em 2006, entregamos nas mãos do P. Pascual o primeiro salesiano angolano missionário “ad gentes”, Pedro Satchitula, tirocinante, que se encontra ora definitivamente na Delegação de Papua Nova Guiné.

2. Outro princípio de vitalidade e de crescimento em Angola vejo-o no protagonismo laical e juvenil. São centenas e centenas os alfabetizadores (Pensai que o índice de analfabetismo hoje em Angola é do 62%!), os professores rurais (em alguns lugares um jovem com 4ª elementar terminada é tão procurado quanto, em outros contextos, um laureado da ‘Harvard Universtiy’), os professores das escolas formais e dos centros de formação profissional, os catequistas (não só no sentido tradicional da catequese paroquial mas sobretudo aqueles envolvidos diretamente na evangelização de vastíssimos territórios a nós confiados), etc. É realmente um exército de leigos e leigas em ordem de batalha… A ‘Editoria Dom Bosco’, por exemplo, funciona num pequeno cômodo no segundo andar da Sede da Visitadoria: é um vulcão de edições, especialmente a serviço da Pastoral Juvenil. A revista juvenil ‘Smash Juvenil’, que ali se imprime, é a publicação de maior tiragem em Angola. E esta editora é levada à frente por uma vintena de jovens angolanos, guiados e animados por um só salesiano, que por sinal nem trabalha nisso em tempo integral.

Outro aspecto do envolvimento dos leigos diretamente na missão são, ultimamente, as expedições missionárias laicais: alfabetizadores, catequistas, agentes de saúde, animadores juvenis, professores, acompanhados por algum salesiano – também aspirantes e pré-noviços – e por algum religioso ou religiosa de outras congregações, que partem em missão. Como fruto do nosso ano jubilar, escolhemos quatro territórios missionários em terra angolana: são novas zonas urbanas, que surgem mui velozmente neste período de após-guerra, ou antigas missões abandonadas por causa da mesma guerra. Os bispos querem comunidades religiosas canonicamente eretas. Que fazer? Esperar dez anos? Eis a nossa proposta: expedições missionárias laicais. O envolvimento e a generosidade são admiráveis. Bernardo, p. ex., um menino de 13 anos, membro bastante silencioso e pouco brilhante numa das nossas comunidades cristãs de Luanda ouvindo o convite para ir em missão foi o primeiro a dizer ao pároco: “Eu também vou!”. Já foi três vezes a Mussende, a perto de 500 km de Luanda; e foi um grande animador e formador de outros animadores do nascente oratório. No dia 18 de agosto de 2007, infelizmente, houve com uma dessas expedições missionárias um terrível acidente: morreram quatro mães catequistas e um jovem salesiano coadjutor argentino, Francisco Ottolini, de 37 anos. Resultado: o ímpeto missionário e a disponibilidade dos leigos para ir em missão mais que duplicaram.

3. Uma terceira dimensão que julgo ser hoje fonte de dinamismo e fecundidade para nós em Angola é o nosso vivo sentido de igreja. Tem sido assim desde o início: um sentido de igreja que se torna efetiva participação e colaboração; antes, dolorosa participação e colaboração. O fato mais significativo nestes últimos tempos foram as duas nomeações episcopais que tivemos em dois anos. Para uma pequena Visitadoria de 71 irmãos é, sem dúvida, um fato pesado, sobretudo considerando que desses dois irmãos: um era o Delegado para a Formação, e o outro Vigário e Delegado para a Pastoral Juvenil e para a Comunicação Social. O ‘Instrumento de Trabalho’ do nosso Capítulo fala de uma espiritualidade da poda… Faz-me tremer e temer que tanta podadura acabe por matar de vez a árvore. Seja como for, estamos convencidos de que o ‘sensus ecclesiae’, mesmo sendo ‘dolorósus’, trará bons frutos.

Finalmente confio-vos a todos à Madona que nos protege em Angola, à «Mama Muxima» – na língua quimbundo: ‘Mamãe do Coração’ – a mais antiga devoção mariana dos tempos de colônia, da qual tomamos o nome: «Visitadoria Mama Muxima»:

Mama Muxima tueza kokué [Mamãe do Coração, nós vimos a Ti]
Mama Muxima tutambululé [… para oferecer-Te tudo]
Mama Muxima tukuatekese [… e também para pedir-Te]
Mama Muxima tubane dibesa [… a Tua bendição]

Obrigado e Boa Noite!

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