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CARTA MORTUÁRIA DO PADRE PATRÍCIO MCBRIDE

Ao meio-dia, 22 de agosto, 2008, Pe. Patrício McBride partiu desta vida para se encontrar com o Deus de Amor que ele havia servido fielmente por quase 50 anos como sacerdote salesiano. Ele morreu na casa de saúde de “Milford”, Limerick, onde passou os últimos 10 dias de sua vida. Seu irmão James (Tiago) e sua cunhada, Pearl estavam continuamente ao seu lado nos últimos dias de sua vida.

Seus restos mortais foram trazidos de volta ao Colégio Salesiano, Pallaskenry, e permaneceram na entrada de lá, até serem removidos à Capela do Colégio na noite de sábado. Um grande número de pessoas veio para lhe prestar homenagens, rezar por ele, e simpatizar com sua família e a comunidade salesiana.

A Missa “Requiem” (das exéquias) foi celebrada na capela do Colégio por Pe. João Horan, inspetor, acompanhado por muitos concelebrantes salesianos e diocesanos. O enterro teve lugar imediatamente depois da missa no cemitério do colégio.

Pe. Patrício nasceu em Gleshy, Plumbridge, no condado de Tyrone na Irlanda no dia 17 de dezembro 1927. Fez os seus estudos secundários em Pallaskenry e Ballinakill, 1941-1946. Fez o noviciado em Beckford (Inglaterra) e professou na idade de vinte anos. Cursou seus estudos filosóficos em Shrigley (Inglaterra) 1947-1949. Logo depois passou cinco anos no Médio Oriente – em Cairo (Egito) e em Aleppo (Síria) – fazendo seu treinamento prático (assistência salesiana). Esses anos foram de muitas dificuldades e sofrimento para Patrício. De lá voltou a Pallaskenry em 1954 e trabalhou na Colônia de Férias do Clube de São João Bosco, Drimnagh (Dublin) junto com Pe. Patrício Deane, Pe. João Foster (missionários em Hong Kong) e o salesiano americano Francisco Nee. Fez os seus estudos teológicos em Melchet Court, Inglaterra, e foi ordenado sacerdote no dia 5 de julho, 1959.

Ele trabalhou no Colégio Agrícola de Warrenstown e no Aspirantado de Ballinakill (Irlanda), e recebeu um diploma em Engenharia Agrícola em Chelsea (Londres). Em 1967 ele se ofereceu para as Missões Salesianas em Amazonas (Brasil) onde passou vinte e quatro anos. Trabalhou primeiramente em Vila Rondônia, o atual Ji-Paraná onde construiu capelas, escolas e centros comunitários. A atual residência episcopal é obra dele. Viajava no interior pelas estradas de barro e pelos rios visitando e ajudando as comunidades dispersas por aí, incansável no seu zelo missionário. Passou um ano como Vigário da Catedral de Porto Velho, capital de Rondônia. De lá foi transferido para Manaus onde trabalhou por sete anos como Ecônomo Inspetorial – teve como inspetor naqueles anos o Pe. Antônio Rasera e o Pe. Walter Ivan de Azevedo, mais tarde bispo de São Gabriel da Cachoeira. Pe. Patrício aceitou por obediência este responsável cargo de ser ecônomo inspetorial e não por gosto pessoal. Porém, trouxe para ele a mesma dedicação e zelo que sempre mostrava em sua atividade missionária. Terminando este período na capital, voltou para o interior e como pároco e diretor da comunidade trabalhou em Ariquemes, onde construiu a Igreja Paroquial. Neste tempo trabalhou com ele o Pe. Moisés Marques, Pe. Ângelo Spadari, Pe. Amadeo Caronni e o Ir. Matias Sutil. Quando os salesianos saíram de lá, o Pe. Patrício foi enviado à Belém como Vigário da Paróquia de Ananindeua.

Voltou para a Irlanda, sua terra de origem, em 1991. Passou um ano na Paróquia de Nossa Senhora Auxiliadora em Castletroy (Limerick) e vários anos numa paróquia na cidade de Derry na costa norte da Irlanda. Dado que ele nasceu não muito longe de lá foi muito benquisto pelo povo. Por motivo de saúde deixou essa paróquia e foi trabalhar em Ardagh-Carrickerry, uma paróquia na diocese de Limerick, não longe da Casa Salesiana de Pallaskenry de onde ele recebia todo o apoio – uma paróquia que ele amava, entre um povo que o amava e apreciava o seu trabalho. Lá trabalhou de 1996 a 2002.

Devido à sua saúde precária voltou a Comunidade Salesiana de Pallaskenry, mas mesmo assim gostava de voltar para visitar a Paróquia de Ardagh-Carrickerry, especialmente as pessoas doentes, e frequentava o clube dos idosos. Os últimos dez meses de sua vida ele passou na casa de Saúde de Abbot Close em Askeaton, um povoado que distancia umas três milhas de Pallaskenry. Nestes meses estava muito doente e sentia muita dor, mas aceitava tudo com grande coragem e com o seu característico senso de humor.

Pe. Patrício morreu em paz no 22 agosto na casa de saúde de Milford (Limerick). Os parentes que ainda sobrevivem são seu irmão James, suas irmãs Ana e Moira, cunhadas, sobrinhos e sobrinhas. Seu corpo foi sepultado no cemitério de Pallaskenry para ali esperar a Ressurreição.

Pe. Patrício viu sua vocação como uma chamada a serviço e toda a sua vida foi uma vida de serviço. Era sempre um homem de Deus e um sacerdote no meio do seu povo – para rezar, para ajudar, encorajar, perdoar e abençoar. Ele tinha um carisma especial em tratar com pessoas nos momentos de tragédia, tristeza, dor, doença e luto. Era um homem de oração e tinha uma grande devoção à Santa Eucaristia e a Nossa Senhora.

Nós o lembramos como um grande Missionário Salesiano. Como jovem salesiano seus cinco anos no Egito e Síria foram particularmente difíceis, e os seus vinte e quatro anos no Brasil foram anos de trabalho intenso.

Pe. Patrício nos seus últimos ano foi um membro muito apreciado desta nossa comunidade de Pallaskenry e nós sentimos falta da sua contribuição, de sua presença, de seu sorriso sempre pronto e o seu senso de humor. Tinha orgulho de sua família e muito apegado a ela e era muito óbvio que a família amava ele, especialmente nos meses que precederam sua morte.

Termino com uma citação do fim da homilia dada na sua missa de despedida: “Pe. Patrício, nós estamos lhe dizendo um último hoje; começou sua vida salesiana aqui em Copsewood, Pallaskenry, sessenta e seis anos atrás. Seus despojos serão enterrados aqui. Você nos deixou bonitas memórias. Nossa apreciaremos sempre o seu sorriso, sua amizade e seu serviço. Aguardamos o momento quando podemos juntarmos consigo na companhia de Nosso Senhor, Nossa Senhora, e os Santos, num futuro não muito distante.”

Ar dheis Dé go raibh a anam dílis! (A mão direita de Deus esteja a sua alma querida – tradução da língua galica)

Pe. José Harrington, sdb

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