Albertina, modelo de santidade,
A serva de Deus Albertina Berkenbrock será beatificada no próximo dia 20 de outubro, na catedral diocesana de Nossa Senhora da Piedade, em Tubarão, SC.
Albertina foi assassinada aos 12 anos, ao resistir a uma tentativa de estupro, no dia 14 de junho de 1931. Ela foi assassinada porque quis preservar a sua pureza espiritual e corporal e defender a dignidade da mulher, por causa da fé e da fidelidade a Deus. E ela o fez, heroicamente, como verdadeira mártir. O valor da pureza corporal e espiritual, tão desacreditado na sociedade hodierna, Albertina está testemunhando como grande valor. Especialmente a juventude tem nela um modelo de jovem que viveu a castidade, afirma o bispo de Tubarão, dom Jacinto Bergmann.
Albertina nasceu em 11 de abril de 1919, na comunidade de São Luís, no município catarinense de Imaruí. Segundo dom Jacinto, a jovem viveu santamente. Recebeu e vivenciou os sacramentos da iniciação cristã no ambiente familiar e na sua comunidade. Isso a tornou uma menina admirada e amada por todos.
Trata-se da primeira bem-aventurada leiga, mulher e jovem genuinamente brasileira. Os jovens do Brasil e do mundo inteiro têm nela um modelo de santidade. Se ela ousou ser santa, e, de fato, viveu santamente, porque os jovens também não ousarem ser santos e santas. Por isso: sem medo de ser santo e santa, é a palavra de ordem que a Albertina deixa especialmente para os jovens, diz o bispo ao ressaltar a importância da beatificação de Albertina para o país.
A celebração eucarística de beatificação será presidida pelo prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal José Saraiva Martins, às 16h do dia 20 de outubro, nos átrios da catedral diocesana de Tubarão.
No dia 21, às 9h30, acontecerá uma procissão que levará a imagem de Albertina da paróquia Vargem do Cedro até São Luís. Às 10h, ocorrerá missa de Ação de Graças, presidida pelo bispo de Santo André, SP, dom Nelson Westrupp, que também é parente de Albertina. Às 14h, ainda em São Luís, acontecerá encenação teatral da vida e martírio e, às 16h, missão de Ação de Graças, presidida pelo bispo emérito de Tubarão, dom Hilário Moser.
Conforme dom Jacinto, estão confirmadas as presenças de cinco irmãos de Albertina e de outros parentes da jovem. Além dos fiéis da diocese, são esperados grupos das dioceses do Regional Sul 4 da CNBB (Santa Catarina) e de diversas partes do Brasil.
A cerimônia de beatificação contará ainda com a presença de cerca de 25 bispos dos Regionais da CNBB. Também estarão presentes o núncio apostólico, dom Lorenzo Baldisseri e o postulador da Causa de Beatificação de Albertina, Frei Paolo Lombardo.
Ao citar a oração à bem-aventurada Albertina, dom Jacinto recorda que ela “tornou-se forte na fé, no amor e na esperança, viveu fielmente os compromissos do seu Batismo, fez da Eucaristia a fonte e o cume de sua vida cristã, buscou continuamente o perdão através da Confissão, foi plena do Espírito Santo vivenciando a sua Crisma e cultivou intensamente os valores do Evangelho”.
* Artigo publicado dia 09/10 no site da CNBB.