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É ainda possível retornar a Dom Bosco? ( parte 2).

2. Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem tenha de vir aqui tirar água: retornar a Dom Bosco supõe o senhorio de Deus em nossas vidas de pessoas consagradas. Nada de religiosidade frágil, ofuscada pela razão e fluída pela emoção! Dom Bosco foi um padre sintonizado com a problemática do seu tempo, empreendedor, transgressor de um regime civil opressor dos jovens pobres e de uma Igreja burguesa decadente que lutava para permanecer com os privilégios do poder temporal. Para ele só existia um Senhor: Deus! Precisamos desta água. Hoje bebemos tanta porcaria de consumo imediato que já perdemos o sentido e o sabor. A vida vai perdendo o sabor de contemplar, de sorrir, de errar, de retornar, de ousar. É uma água salobra, poluída, intragável e venenosa. Pelo contrário, a água que nos vem do senhorio de Deus é aquela que desloca as opções, tira a sensação de comodidade, faz ferver o sangue diante dos apelos juvenis, inova desde dentro, coloca em primeiro lugar o ético, afasta a tentação do prestígio e do poder, alimenta o desejo de ser presença educativa. Não ter mais sede, portanto, significa não retornar mais às águas poluídas e venenosas. Trata-se de um longo processo de conversão de mentalidade que inicia na proposta que fazemos aos jovens de vida e santidade. Por isso retornar a Dom Bosco exige de nós voltar a ficar ao lado do poço, como Jesus, sentado debaixo do sol do meio dia. Isto quer dizer: desejo de encontro, busca do outro e acolhida incondicional.

3. Adorarão o Pai em espírito e verdade: Jesus aponta para a samaritana o itinerário de fidelidade e identidade para o encontro da água viva. Eis aqui dois elementos importantes do retorno a Dom Bosco. O primeiro é a identidade. O que somos? Qual é a nossa missão no conjunto do cosmo? Para onde vamos? Qual é o meu lugar nesta missão? Parece que alguns religiosos ainda não responderam a essas perguntas. Estão tateando sem saber aonde ir. A falta de identidade fortalece a fragilidade das opções e a constância nos compromissos assumidos. Ë preciso trabalhar a identidade das pessoas; que elas respondam às perguntas de significado da identidade carismática. Desta resposta virá como conseqüência à fidelidade como nova postura religiosa, ou seja, saber partilhar a vida, partilhar e colaborar com outros, descobrir o valor da comunidade local, inspetorial e mundial, pois, a sensação de fragilidade institucional em relação ao futuro, gera nos jovens medo e solidão, carência e covardia; nos mais velhos a sensação de perda, de inutilidade e falta de credibilidade nas novas gerações. Espírito e verdade nos recordam que retornar a Dom Bosco, “da mihi animas”, quer dizer também presença educativa que sabe oferecer o que somos de melhor: amigos dos jovens, companheiros de viagem, assistentes atentos e proativos, educadores da fé, aprendizes com os leigos as novas leis educativas, animadores de comunidades, interlocutores interiormente animados e motivados. A verdade que nos liberta de todas amarras de poder, riqueza e holofotes; tudo isso é o “cetera tolle”. Aquele resto que não favorece a identidade nem a fidelidade; aliás, impede retornar às fontes de água viva.

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