EnglishFrenchGermanItalianPolishPortugueseSpanish


Notícias

A política de sufoco e falsos moralismos

Estamos assistindo na política brasileira uma quase situação de sufoco administrativo, acompanhado de um moralismo cínico. O que assistimos na TV e lemos na mídia é um sobressalto contínuo de atos contra o povo, sobretudo, os mais pobres e excluídos. A bola da vez se concentra na diminuição da idade penal.

Nesses últimos meses a sociedade observa os debates e as tendências dos nossos políticos. Um grupo honesto e preocupado não só com a “cadeia como ação preventiva” questiona o quadro de corrupção do país e as questões de base: educação, família, trabalho, cidadania. Outro grupo fecha os olhos e quer a “morte lenta dos menores infratores” apodrecendo nas cadeias. Algumas questões:

1. A corrupção: A Igreja entende que a corrupção é “a impunidade e a acumulação ilícita de dinheiro, a falta de confiança nas instituições públicas, sobretudo na administração da justiça e nos investimentos públicos, nem sempre transparentes, iguais para todos e eficazes” (Cf. Sínodo da América, 1999, n. 23). É um roubo social, pecado social gravíssimo, mas parece que estamos acostumados a ver os ladrões serem presos e depois soltos, respondendo em liberdade, com todas as mordomias do caso. Parece que na cláusula da quadrilha já se contempla a possibilidade de ser presos, saírem nas páginas dos jornais e serem soltos depois. Enquanto o circo pega fogo nossos parlamentares, querem reduzir para 16 anos a idade dos menores que cometem infrações. Não minimizo o ato dos corruptos nem dos menores que comentem crimes hediondos. Contudo não concordo com severidade da Lei para com os menores e a suavidade da mesma com os corruptos. É preciso mudar o patético quadro social brasileiro para que haja justiça para todos!


2. Os menores infratores: Cometer um ato contra a ordem social é grave, não duvido disto! Porém, não pode existir na Lei, gravidade menor e maior; penas menores e maiores; quem possa pagar advogados e quem não possa; quem tem cela especial e quem não tenha. As brechas da Lei de per si são injustas. Ora, os corruptos “engravatados” podem pagar advogados, alguns tem 5, 6 ou mais, e a justiça aceita isto e aceita os pedidos de liberdade condicional; enquanto isto os menores infratores são tratados como delinqüentes perigosos que devem ser enjaulados e mantidos longe da sociedade. Eles não têm advogados. Como é possível pensar em baixar a idade penal se a sociedade dita “democrática e de Direito” deixa brechas na Lei para privilegiar os que podem pagar pela liberdade?



3. A justiça para todos: O Brasil está anestesiado! Estamos numa injustiça institucionalizada que cegou a todos, sobretudo, aqueles que deveriam ver o bem comum e promove-lo. O que temos é uma representação política salva raríssimas exceções, preocupada com seus salários e o glamour, porque no Brasil ser parlamentar e aparecer em CPIs, virou passarela de tapete vermelho. É vergonhoso! Queremos Vida para os menores e não a “morte nas cadeias”.



Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

CURATORIUM DO CRESCO

No dia 22 de fevereiro em Tlaquepaque, Jalisco, México, os Inspetores das regiões do Cone Sul e Interamérica se reuniram para participar do Curatorium do

Leia mais

Está gostando deste Conteúdo? Compartilhe!

plugins premium WordPress
Ir para o Whatsapp
1
Precisa de ajuda?
Olá! Podemos te ajudar? 😀