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A fecundidade de uma vida missionária

Ontem, enquanto me preparava para celebrar as exéquias pelo caro padre Batista, me avisaram da morte do padre Francisco Laudato. Um vazio e um silêncio. Mais um irmão que parte para a casa do Pai na certeza de uma vida fecunda e fiel (Pascual Chávez, Atos 408).

Quando eu entrei no aspirantado em 1979 o padre Francisco Laudato estava na missão de Marauiá. Naquele tempo receber os missionários na casa de formação era uma alegria. Encontrei com ele algumas vezes. Sempre com alguma história e o sorriso nos lábios, padre Francisco sabia demonstrar carinho pelo trabalho que realizava.

Entretanto, foi em 1990 e 1991 que tive o primeiro contato mais próximo com padre Francisco. Quando fui ordenado diácono em 1990 o inspetor me enviou para a paróquia  São José Operário para ajudar o pároco em algumas atividades. O pároco era o padre Francisco Laudato. Exerci durante alguns meses de férias minha diaconia ao lado dele. Ele sempre simpático me acolheu e abriu espaço para o trabalho. Depois, quando da minha ordenação presbiteral, em 1991, ele também acolheu com alegria meu desejo de ser ordenado na paróquia. Participou de tudo e proporcionou momentos de oração e motivação para a festa. Naquela época conheci um pouco mais o coração missionário do padre Francisco. Sempre falava do Marauiá e das atividades exercidas por lá. Tinha um ar de saudade em tudo que narrava e queria voltar para as missões. Sua fecundidade vocacional estava relacionada com os indígenas. Isto era admirável.

Nossas vidas voltaram a se encontrar em 2009 quando fui nomeado diretor do pós-noviciado. Ali estava o caro padre Francisco Laudato já doente, mas sempre presente. Quero destacar aqui o quanto me fez bem conviver com ele: em primeiro lugar sua atitude comunitária. Raramente se isolou das práticas comuns. Participava das festas, brincava com os pós-noviços, fazia rir e cantar. Era um homem alegre, mesmo na debilidade física. Participava, inclusive das reuniões da comunidade. Uma vez não o convidei porque achei que a reunião seria cansativa para ele. Para minha surpresa ele me disse: "Padre diretor eu quero participar também das reuniões da comunidade". Aquilo foi para mim uma lição de vida fraterna. Em segundo lugar destaco sua vida de oração. Todos as manhãs lá estava o padre Francisco na capela para rezar com a comunidade e participar da Eucaristia. Raramente se ausentou. Um exemplo que nos enriquecia. Às vezes entrava na minha sala para comentar o dia e as canseiras. Era um diálogo para mim edificante. Um idoso missionário com os problemas de saúde que carregava, com uma história a ser narrada me edificava a cada dia. Para mim foi uma graça de Deus.

Agradeço ao bom Deus por este querido irmão que me ensinou pequenos e grandes valores. Tenho certeza que no céu ele continuará rezando por todos nós e pelas vocações. Querido padre Francisco Laudato muito obrigado pela sua amizade e suas preces. Deus seja bendito na sua eterna memória.

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