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A DEVOÇAO DE DOM BOSCO A NOSSA SENHORA

Dom Bosco desde pequeno aprendeu com sua mãe a ter grande confiança em Nossa Senhora. Mamãe Margarida sempre interrompia o pesado trabalho no campo para saudar a Virgem Maria. A hora do Ângelus, para a campesina matriarca da familia Bosco, era um momento de encontro com Deus e de memória da Anunciação de Maria.

A historia sagrada de Maria associada aos mistérios da vida de Jesus eram para João Bosco e toda a sua família, uma perene interpelação acerca da autenticidade da vida cristã. A Visitação de Maria a sua prima Isabel ensina que a relação humana cristã pode constituir-se em uma visita de Deus e uma experiência com Cristo, como aconteceu com Isabel, segundo o Evangelho de Lucas (Lc, 39-56). A historia da salvação sempre esteve presente na educação cristã de Joãozinho Bosco e ele refletia desde a mais tenra idade que, quem tem Jesus vivo em seu coração, não pode deixar de interessar-se pelo bem do próximo, especialmente dos mais pobres e necessitados.

Segundo Peraza (p.357) a imagem de Nossa Senhora das Dores, a mãe que assume e sofre a paixão e a morte de seu filho Jesus, evocava em Joaozinho Bosco o sofrimento de sua própria mãe:- Mamãe Margarida que havia assumido a viuvez e feito a opção de não se casar novamente, educando e sustentando sozinha e cristãmente os seus filhos.
Em 1824, quando tinha nove anos (como ele mesmo conta em suas memórias), teve o primeiro sonho profético, em que lhe foi manifestado o campo do seu futuro apostolado. Neste sonho, o menino Joãozinho ouviu a voz misteriosa do Senhor que dizia: "DAR-TE-EI A MESTRA." e logo, apareceu uma Senhora de aspecto majestoso. Sem saber de quem se tratava, Joãozinho perguntou quem era ela e obteve a resposta: “Eu sou Aquela que sua mãe ensinou a saudar três vezes ao dia”. Intensifica-se aí a devoção dele àquela senhora celestial, que lhe disse palavras animadoras e que foi considerada Aquela que Tudo Fez na Congregação Salesiana.
Na adolescência, na casa da familia Moglia era diante do quadro de Nossa Senhora que João Bosco, por encargo da dona da casa, dirigia as orações. Enfim, em toda a sua vida foi grande a relação de amor filial de Dom Bosco para com Nossa Senhora.
Com quinze anos, quando João Bosco chega a cidade de Chieri, chama-lhe a atenção a catedral de Nossa Senhora da Assunção (ou Santa Maria de La Scala) com seus quadros, vitrais, estatuas, altares, portas, batistério… que evocavam a presença Mariana. Além de evidencias da presença de Nossa Senhora no dia-a-dia, também à noite, nos sonhos de Dom Bosco, ela aparecia freqüentemente e foi a estrela do seu apostolado. Ele a chamava Mãe e Auxiliadora, aquela que socorria a Congregação Salesiana todas às vezes que precisava de auxílio extraordinário para atender as necessidades (materiais e espirituais) dos meninos do Oratório.
No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, Dom Bosco iniciou a construção, em Turim, de uma grande Basílica, que foi dedicada a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos. "Nossa Senhora deseja que a veneremos com o título de AUXILIADORA: vivemos em tempos difíceis e necessitamos que a Santíssima Virgem nos ajude a conservar e defender a fé cristã", disse Dom Bosco ao clérigo Cagliero.
Além de Mamãe Margarida, o Pe. Cafasso contribuiu para que Dom Bosco vivesse uma profunda experiência mariana. Este sacerdote, devoto da virgem, dizia sempre aos seus discípulos: “Se familiarizem com Maria, com Ela conversem, confiem a ela os seus segredos e as suas necessidades e dividam com ela suas alegrias. A Virgem conhece as suas fadigas e os seus temores.”
Dom Bosco seguiu propagando esta devoção. Em Valdocco, juntamente com a presença materna de Mamãe Margarida havia uma imagem de Nossa Senhora da Consolata, colocada por Dom Bosco na Capela Pinardi para que os rapazes do Oratório pudessem sentir a sua presença e cultivar a devoção mariana, assim, o conceito religioso da Virgem adquire um sentido real, de particular realismo para aqueles meninos e jovens que viviam longe de suas mães terrenas pelo abandono, pela distancia física ou pela orfandade.
Com a construção da Basílica de Maria Auxiliadora de Turim, Dom Bosco quis erguer um monumento eterno do seu amor e gratidão (e também de todos os salesianos (as), à Virgem Mãe Auxiliadora. Maria Santíssima é minha Mãe – ele dizia. Ela é minha tesoureira. Ela foi sempre a minha guia.
Em suas conferências Dom Bosco procurava demonstrar a importância da presença materna de Nossa Senhora. Fazia com que refletissem que é importante que ela seja honrada porque é Mãe de Deus, Mãe de Jesus Cristo e nossa mãe. Deve ser invocada porque, como modelo imaculado de todas as virtudes, nos ensina com o seu exemplo a imitar ao seu Divino Filho Jesus. A obediência, a humildade, a pureza de coração de Maria eram sempre evidenciadas por Dom Bosco que difundia a devoção a Nossa Senhora, em uma perspectiva eclesial e missionária.
De acordo com Lemoyne (p.398) quando morre Mamãe Margarida, em 25 de novembro de 1856, em Valdocco, Dom Bosco, enquanto ela é velada com orações, velas e cantos, dirige-se à Igreja da Consolata, ajoelha-se aos pés da Virgem e rezando lhe diz: “Sabes que agora estamos órfãos, meus filhos e eu, seja, tu a nossa mãe!”. Tanto nos momentos de alegrias, quanto de angústia, era a ela que ele recorria e o auxilio dela jamais o faltou!
Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Vários dos seus escritos retratam o amor por Maria Santíssima: "Recomendai constantemente a devoção a Nossa Senhora Auxiliadora e a Jesus Sacramentado". "A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso". "Sê devoto de Maria Santíssima e serás certamente feliz". "Devoção e recurso freqüente a Maria Santíssima. Jamais se ouviu dizer no mundo que alguém tenha recorrido com confiança a essa mãe celeste sem que não tenha sido prontamente atendido"."Diante de Deus declaro: Basta que um jovem entre numa casa salesiana para que a Virgem Santíssima o tome imediatamente debaixo de sua especial proteção". Dom Bosco confiou à Família Salesiana a propagação dessa devoção, que é, ao mesmo tempo, devoção à Mãe de Deus, à Igreja e ao Papa.
Em 28 de janeiro de 1888, próximo a expirar, aos setenta e dois anos e cinco meses, Dom Bosco clama em dialeto piamontês pela Madre Mãe Auxiliadora. Antes de despedir-se de seus jovens, com a promessa de encontrar-se com eles no paraíso, repete ininterruptamente: “Oh, Maria! Oh, Maria”!
Durante toda a sua vida Dom Bosco foi incansável em fazer com que a devoção a Nossa Senhora fosse propagada. Para ele, na congregação salesiana FOI ELA QUEM TUDO FEZ! Cultivemos pois esta devoção mariana, deixada a nós como herança religiosa de nosso fundador.
Feliz Natal. Que Nossa Senhora nos carregue em seus braços maternos no Ano Novo que se aproxima!
Prof. Meire Botelho
Faculdade Salesiana Dom Bosco de Manaus

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