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21 DE JUNHO, DIA DE SÃO LUIZ GONZAGA E DIA DO SEMINARISTA

Por S. Wellington Abreu, SDB / Noviciado Sagrado Coração de Jesus –

No dia 21 de junho é celebrada a memória de São Luiz Gonzaga, protetor dos jovens e dos estudantes, que Dom Bosco no início do oratório colocou como modelo de santidade aos seus jovens. Junto com esta data recorda-se também o período do processo de formação inicial dos sacerdotes, que se dá de uma forma bem específica: o seminário.

A vida do seminarista perpassa quatro dimensões: espiritual, pastoral, intelectual e humana. Esses aspectos se desdobram no dia a dia por diversas atividades que têm o objetivo de realizar essa formação na prática.

As diversas atividades são as orações da liturgia das horas, a missa diária, os estudos nas faculdades de Filosofia e Teologia, a atividade esportiva semanal, as refeições em comum, os ensaios do coral, a direção espiritual, as formações especificas, a disciplina regrada pelos formadores, as atividades pastorais nas paróquias aos fins de semana e, em nosso caso, o oratório festivo. São muitas as atividades e responsabilidades assumidas ao longo da formação no seminário, e em todas o que se registra é a alegria de viver a vocação sacerdotal nesse estágio inicial tão bem cuidado pela Santa Igreja.

Um pouco de história

Não são raras as vezes em que surgem as seguintes dúvidas: Quem é o seminarista? O que ele faz? Muitos não conhecem a trajetória de um homem para chegar ao sacerdócio, e quando a descobrem, admiram-se pelo tempo de formação. Para uma melhor compreensão e uma resposta satisfatória, voltemos um pouco na história da Igreja e nas reflexões elaboradas pelos recentes papas.

Foi a partir do Concílio de Trento (1563) que realmente foram criados os seminários nas dioceses, voltados para a formação da razão e da fé do futuro presbítero da Igreja. Antes disso, o homem que desejasse ser padre logo recebia as ordens sacras, ajudando seu bispo local. Percebe-se, então, a contribuição desse concílio e mais especificamente a sua aplicação na vida de São Carlos Borromeu, que fundou seminários e escreveu regulamentos. Posteriormente, o Concílio Vaticano II e o Código de Direito Canônico elaboraram melhor sobre como deve ser a formação do clero. Atualmente, existem vários documentos que tratam do assunto, como o Decreto Optatam Totius, Pastores Dabo Vobis e Documento 93 da CNBB entre outros.

Missão na Igreja

Seminarista é aquele que recebeu um chamado de amor de Deus e, na liberdade, respondeu a Ele. O Papa emérito Bento XVI, no encontro com os seminaristas nos EUA, em 2008, diz que seminaristas são “jovens que se encontram num tempo forte de busca de um relacionamento pessoal com Cristo, um encontro com Ele, na perspectiva de uma importante missão na Igreja”. É tempo de acolhimento e amadurecimento do dom recebido da iniciativa de Deus, e não por méritos da pessoa. Tempo importante de relacionar-se com Deus, que se expressa de forma significativa na oração para um correto discernimento.

Quatro pontos importantes aos futuros sacerdotes

De forma simples e direta, o Papa emérito Bento XVI, na carta aos seminaristas, em 2010, ressalta alguns pontos para os futuros sacerdotes:

  1. O seminarista deve ser um homem de Deus (1Tm 6,11). Jesus deve ser o ponto de referência de toda a sua vida;
  2. Os sacramentos. Deve-se celebrar com íntima participação a Eucaristia. A penitência leva à humildade, e deixando-se perdoar, aprende-se a perdoar os outros. Também o Papa pede para não excluir a piedade popular, porque, por meio dela, a fé entrou no coração dos homens;
  3. Estudar com empenho, porque a fé possui uma dimensão racional e intelectual. É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura. Amar o estudo da Teologia;
  4. Ser exemplo de homem maduro.

Formação na Congregação Salesiana

O tempo de formação do seminarista pode variar muito de acordo com a realidade eclesial na qual ele está inserido ou na vida religiosa. Em nosso caso, na Congregação Salesiana, o candidato leva, pelo menos, 12 anos para concluir os primeiros anos de formação, tanto o candidato ao sacerdócio, quanto o irmão coadjutor. Nos dois anos iniciais, ele aprende sobre o carisma através da inserção nas comunidades locais. Depois, faz o noviciado para tornar-se salesiano e depois estuda três anos de Filosofia. Após dois anos de Pastoral em uma das casas de missão, ele cursa quatro anos de Teologia. Uma curiosidade é que não somos considerados seminaristas, somos jovens em formação para a vida religiosa consagrada.

Rezemos sempre por esses corajosos jovens que, ao escutar a voz de Deus, deixam tudo pra seguí-lo mais de perto.

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