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14º Encontro anual das congregações que trabalham com jovens

São Paulo/SP – Foram quatro dias de intensa partilha e aprofundamento da sensibilidade que nos devem conduzir à Escuta dos Jovens nas suas realidades brasileiras. O Tema: “A Vida dos Jovens: Um Caminho de Discipulado e Missão” e o lema: “É Tempo de Escutar” estão nos ajudando a entrar na ótica do projeto do CELAM que no ano passado procurou Sensibilizar, neste ano procura Escutar, para no ano que vem conseguir Discernir a 5° prioridade da CNBB: a Juventude, para em 2011 viver o processo de se Converter.

O 14º Encontro Anual de Congregações que trabalham com os jovens, foi realizado de 17 a 20 de setembro, no Instituto Teológico Pio XI em São Paulo/SP. Eram mais de 150 participantes de várias regiões e congregações diferentes que trouxeram suas experiências de trabalho e encontro com os mais variados tipos de jovens que compõem nosso Brasil e entre eles nós dois da Isma, o Pe. Antonio Carlos da Cunha Alves e o Pe. Sinval Marques Pereira. No primeiro dia trabalhamos o resultado da pesquisa feita para Escutar os jovens, trazendo a palavra livre dos vários grupos representantes de nossas regiões, onde ficou claro que existe uma grande busca da parte desta juventude hodierna para preencher um vazio espiritual vivenciado na vida deles.

Outro elemento importante evidenciado na pesquisa foi a dificuldade que os jovens encontram na inserção dentro das comunidades eclesiais. O chamado “grito” dos jovens alarmou a CNBB que acionou as Congregações presentes no Brasil para estarem mais atentos ao que Dom Pascual Chaves chama de: “As Novas Pobrezas dos Jovens”. Corremos o risco de nos distanciarmos da realidade e do mundo juvenil, e de perdermos a capacidade de nos comunicarmos com eles. Permanece o desafio de renovar sempre esta procura de meios que mantenham o contato com os jovens que participam do nosso convívio.

Na manhã do sábado com o auxilio do Pe. Hélio Castilho, refletimos sobre a “Escuta como critério para o discipulado”, evidenciando em chave espiritual-pedagogica a importância de se abrir às realidades estranhas ao nosso meio religioso renovando a vivência da dimensão missionária que nos lança ao encontro dos jovens onde quer que eles estejam. À tarde foi-nos apresentada a “Campanha contra o extermínio dos jovens” e o trabalho de Puebla, voltando aos grupos para responder às perguntas: 1) Em que essa escuta dos jovens me ajuda no processo de conversão como escutador? Quais pistas que nos ajudam na maior aproximação da juventude?

Em geral para um encontro nacional deste porte o tempo poderia ter sido melhor aproveitado, pois diante de longos momentos de partilha das experiências realizadas nas congregações, não se pensou em preparar um material prévio que garantisse uma certa objetividade das informações e saísse do âmbito da opinião dos participantes. Num espaço de quatro dias poderia ter sido valorizado em modo mais aprofundado o tema desenvolvido nas palestras. Um aspecto negativo, evidenciado até mesmo pela socióloga Solange que nos acompanhou, foi o modo como os religiosos falam dos jovens: sempre em modo dramático, evidenciando os problemas e os aspectos negativos presentes nos jovens, e entrando em contraste com o modo como os próprios jovens falam de si mesmos: os quais sentem a juventude como algo positivo, alegre e vivaz.

Sentiu-se a falta, também, dos nossos jovens “normais”; aqueles inseridos ou pelo menos participantes nas comunidades eclesiais. Entre todas as partilhas sobre a situação dos jovens não teve nenhum grupo que trouxesse para a reflexão a situação destes jovens que não vivem situações limites. Percebe-se que a “Escuta” não é muito democrática, mas tendenciosa em função da auto promoção dos “Escutadores”, os quais não pensam tanto em perspectiva de preventividade, mas prevalentemente de recuperação.

Enfim, o encontro provocou uma reflexão e uma resposta das várias Congregações presentes, e tudo foi coroado pela beleza dos momentos de oração que animadamente foram vividos segundo a criatividade própria das nossas irmãs que eram quase 90% dos participantes. Sem falar, é claro, da ótima confraternização que nos envolveu na alegria e na fraternidade dos ritmos regionais.
Ficou com gostinho de quero mais e no ano que vem tem mais, esperemos que o 14° Encontro Anual das Congregações que Trabalham com Jovens frutifique em favor dos próprios jovens e não fique como mais um bonito encontro de partilha entre bons religiosos.

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