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Lances do Capítulo Inspetorial 2007.

Como foi o CI 2007? É uma pergunta quer certamente muitos irmãos, leigos e membros da FS podem nos fazer. Em nossos dias não é mais possível privatizar este tipo de evento. Algo deve ser dito. Padre inspetor no final do CI disse que os capitulares deveriam ser os “mistagogos e hermeneutas” da comunicação do capítulo. Por isso me senti inspirado para escrever sobre o que alí vivi de 29/05 a 03/06.

Tudo começou nas áreas. As Mini-Assembléias deram o tom ao capítulo. As contribuições chegaram em nossas mãos de forma abundante. Nelas encontrávamos os rostos dos irmãos desejosos de que o evento fosse de fato um “novo Pentecostes”. A metodologia de pequenas assembléias ajuda a envolver todos os salesianos na discussão e assimilação da temática. A fidelidade criativa ao carisma salesiano é um apelo urgente, mas o desafio está em como refundá-lo hoje.

Começamos o capítulo na fraternidade. Assim foi. Os capitulares se reuniram no sitio Dom Bosco para um dia de convivência. Realizamos dinâmicas de integração com a mensagem de sair da mesmice e avançar superando os obstáculos. Contudo, um avançar juntos, unindo nossas forças; não se trata de uma retomada isolada, desarticulada e sem compromisso comunitário, por isso trabalhamos em grupos e tivemos tempo de mostrar nossas qualidades interpretativas. Foi muito bom.

Na noite daquele primeiro dia, iniciamos os trabalhos com o relatório do inspetor. Foram 3 horas de leitura e re-leitura da situação atual da ISMA. Evidentemente que não é possível fazê-lo sem referência ao passado. E o passado nos revela as lacunas, os pontos frágeis e também as forças, que devemos saber discernir para avançar sem medos e condicionamentos. Depois da apresentação, padre inspetor deixou algumas perguntas para guiar a reflexão das comissões sobre o relatório. Ali começaram a crescer nossas expectativas, pelo menos as minhas.

No dia seguinte iniciamos com o estudo nas comissões a partir das perguntas do inspetor. Depois voltamos ao plenário e mais uma vez ele dedicou 2 horas de exposição sobre as perguntas feitas. O quadro ficou completo. Era muita coisa para ser digerida, mas o clima de fraternidade nos ajudava a refazer as forças.

O mergulho no tema do CG 26. Depois do segundo dia começamos a entrar no tema central do capítulo. O grande apelo de retornar a Dom Bosco, àquela paixão apostólica que caracterizou nosso pai e que fez nascer a missão salesiana no mundo. Tarefa nada fácil. O lema de Dom Bosco: DA MIHI ANIMAS, CETERA TOLLE estava sempre diante de nossos olhos. Mas como é difícil penetrar nas entranhas deste lema. No fundo está o zelo apostólico e a inserção no mundo dos pobres. Fomos à luta. Cinco sub-temas nos aguardavam. As Mini-Assembléias tinham trabalhado o assunto. Estávamos com tudo na mão e ao mesmo tempo deveríamos começar ali a traçar as metas. Não foi à toa que invocamos o Espírito Santo no início dos trabalhos. E, como o Espírito Santo é sempre surpreendente, tínhamos que ter os olhos e ouvidos atentos.

Avançamos para o mar agitado. Os sub-temas do capítulo nos orientavam a partir do chamado de Deus. Dom Bosco foi sempre preocupado em fazer a vontade de Deus. Por isso não poderíamos agir de maneira diferente. Em seguida vinham as questões: retorno a Dom Bosco, urgência em evangelizar, necessidade de convocar, novas pobrezas e novas fronteiras. As comissões se debruçaram sobre cada assunto com vontade de acertar. Não foi fácil. Sentíamos as urgências, mas nossas forças eram menores, nossos sonhos eram tímidos, nossa garra de entrar no mar agitado pelas ondas era grande, mas tínhamos medo. Em alguns temas ficamos na periferia esperando que o clima melhore.

E se fez um novo dia. Pois bem. Depois de muitas reflexões chegamos aos finalmentes. Depois da exposição em plenário os temas voltavam às comissões para esclarecimentos. Chegou, então, o momento de aprovar as sugestões. O clima foi intenso, porém, sereno. Sabíamos que quem conduzia era o Senhor e ele tem suas estradas, mesmo que às vezes nos distanciamos um pouco. Aprovamos item por item quase por unanimidade. Também avaliamos o PEPSI e aprovamos sem grandes dificuldades.

Quem vai, quem não vai? Esta era a pergunta sobre o delegado inspetorial ao CG 26. O capítulo se dividiu em duas torcidas, intercaladas por outras minorias. Os articuladores giravam pelos corredores atrás de votos. Na prévia dois nomes apareceram: Pe. Chicão e Pe. Mendonça. A partir daí era preciso correr atrás de adesões. Na noite da eleição os votos eram alternados uma hora para um e outra para outro. Um frio corria na barriga. No final o resultado. Nada de rancores, era tudo alegria. Foi assim num clima de fraternidade que elegemos o delegado e o suplente. Ninguém se feriu e nem feriu ninguém, também não precisava.


Assim chegamos ao final deste capítulo. Para mim uma rica experiência de fraternidade. Um período rico de salesianidade e de renovação do compromisso com a missão. Saí do capítulo confiante, sem minimizar as dificuldades que temos, mas cheio de esperança. A inspetoria avança mar à dentro com muitas dificuldades, contudo, temos a firme convicção de que as novas gerações que chegam, graças ao bom Deus, cada vez mais numerosas, podem continuar respondendo SIM ao projeto de Dom Bosco na Amazônia.


No limiar do centenário da nossa presença salesiana na Amazônia, reconhecemos que o Senhor fez grandes maravilhas na vida de muitos jovens com os quais fizemos contato. Confessamos também que se tivéssemos “tido mais fé Deus teria feito muito mais”. Por isso renovamos hoje nossa total adesão ao sonho missionário de Dom Bosco e nos dispomos a continuar o caminho do discipulado anunciando sem reservas a Palavra do Senhor Deus aos jovens, classes populares e povos indígenas, levando Dom Bosco às igrejas da Amazônia que ainda não o conhecem.



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